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Vigia que trabalhava 24 horas por dia e dormia em carro é resgatado de trabalho escravo

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Um vigia foi resgatado de condições análogas à escravidão, no local onde atuava. Segundo agentes da Polícia Federal (PF), do Ministério Público do Trabalho (MPT) e do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o homem trabalhava 24 horas, sem direito a férias e era obrigado a dormir no próprio carro.

O caso ocorreu no dia 13 de março, em Caçapava, no interior do estado, mas só foi divulgado nesta sexta-feira (31). O resgate ocorreu após uma denúncia anônima. Quando os agentes chegaram no local, encontraram um galpão industrial que estava desativado. Antigamente, ali funcionava um leilão de carros.

O homem disse que trabalhava em regime informal, mas era submetido a uma jornada abusiva. Ele foi contratado em abril de 2020 pela empresa que adquiriu o estabelecimento, após a mudança de comando do local.

Inicialmente, ele trabalhava por 12 horas seguidas e revezava com outro funcionário que também trabalhava 12 horas no segundo turno. Porém, quando este segundo foi demitido, ele passou a trabalhar as 24 horas consecutivas, sem direito a folga e nunca parando em finais de semana ou feriados.

Para conseguir uma folga depois de dois anos de trabalho, ele teve que pagar outro vigia do próprio bolso para lhe substituir durante a sua ausência. Como não tinha horário para descansar, o homem chegava a repousar dentro de seu carro, uma vez que o galpão não contava com nenhum espaço que servisse de dormitório. Toda essa situação, ocorreu por mais de 10 meses.

A vítima também tomava banho e cozinhava de forma improvisada, por falta de água potável e encanada. Na região, não há sistema público de água e esgoto e toda água consumida pelo homem era tirada de um poço artesiano, que não é protegido contra contaminação e nem apropriada para o consumo.

Lá, o funcionário disse já ter encontrado várias baratas no reservatório. Para conseguir beber água, dependia de um representante da empresa que aparecia uma vez ou outra para levar um tonel plástico para armazenar aproximadamente 200 litros de água. Porém, depois de um tempo a água já começava a esverdear e a cheirar mal.

Além disso, pelo menos duas vezes, a vítima teve de enfrentar ladrões de fiação de cobre, mesmo não tendo nenhum tipo de formação em curso de segurança.

Após o resgate, os fiscais do trabalho garantiram que o trabalhador recebesse o seguro-desemprego e também uma indenização por danos morais, no valor de R$ 38 mil. Somado a verbas rescisórias, no valor de R$ 24,7 mil, e o montante relativo a FGTS e multa, em R$ 11,9 mil, o homem receberá R$ 74,6 mil.

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