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Segundo especialista, uma hora de uso de narguilé equivale a fumar cem cigarros

Erlon de Ávila Carvalho, cirurgião torácico e coordenador da comissão de Tórax da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), alerta para os riscos associados ao uso de narguilé. Contrariando a crença popular de que essa forma de fumar é menos prejudicial que os cigarros tradicionais, o médico enfatiza que o narguilé é extremamente prejudicial à saúde.

O narguilé contém aproximadamente 5000 substâncias tóxicas e uma alta concentração de nicotina, superior à de um cigarro comum. Estudos internacionais já mostraram a relação entre o uso de narguilé e o desenvolvimento de cânceres no pulmão, boca, esôfago e estômago, uma vez que a fumaça contém uma enorme quantidade de substâncias cancerígenas, como alcatrão, benzopireno e metais pesados.

Outra preocupação associada ao narguilé é o compartilhamento do bocal, que pode acumular saliva e transmitir doenças como herpes, tuberculose, hepatite C e, atualmente, o coronavírus (Covid-19). Estima-se que 60 minutos de exposição ao narguilé possam equivaler a fumar 100 cigarros, afetando não apenas os usuários diretos, mas também os fumantes passivos.

Um relatório do Instituto Nacional de Câncer aponta que os usuários de narguilé têm 339% mais risco bruto de mortalidade por câncer de pulmão em comparação aos não usuários. O estudo também revela a associação positiva entre o uso de narguilé e o surgimento de doenças respiratórias, como bronquite e sibilância, além de doenças metabólicas e cardiovasculares.

Com cerca de 9 milhões de pessoas no Brasil, sendo 7,3% da população, tendo contato regular ou já experimentado o narguilé, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica reforça a necessidade de políticas públicas de orientação e apoio às pessoas que desejam parar de fumar, assim como medidas restritivas na venda de essências saborizadas para narguilé.