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“Serviços de streaming e seus fãs”, por Luci Bonini

Streaming é uma forma de interação social moderna, ela consiste na reprodução de vídeos, filmes e séries sem a necessidade de download. Isso tudo só e possível graças à internet que permite que o conteúdo seja salvo na nuvem podendo ser acessado por qualquer um em qualquer lugar através de smartphones, notebooks e outros dispositivos.

Existem duas categorias: on demand – os episódios de podcasts ou séries favoritas são salvos no servidor, o que pode ser acessado a qualquer instante por um site ou aplicativo específico. A segunda categoria é a transmissão ao vivo, um recurso popular nas redes sociais. O streaming de televisão interrompeu a forma como o conteúdo é distribuído e como o conteúdo é criado.

O primeiro e mais conhecido serviço de streaming foi a Netflix. Ela lançou seu serviço em 2007, e então, os consumidores foram apresentados a um novo modelo para desfrutar de entretenimento em casa, ou em algum lugar via celular. Foi uma disrupção para a indústria do entretenimento.

Várias pesquisas têm demonstrado o aumento do consumo de séries e filmes, aumentou durante a pandemia da COVID-19, o que acabou se fortalecendo com o final dela. Muitos estudiosos vêm voltando sua atenção para o fenômeno das maratonas, ou seja, sem intervalos, a episódios em série seguidos de um curto período.

Outro fenômeno que também se estabeleceu com a pandemia foi a cultura dos games. Gamers de vários lugares do mundo, ao longo da pandemia e depois dela, também tiveram seus comportamentos influenciados pelos personagens, pelos seus avatares. Os gamers que ficam horas com seus companheiros de diferentes lugares do país e do mundo, nas suas disputas intermináveis.

Além desses fenômenos, outro aconteceu concomitantemente: a venda de produtos, mudança de comportamentos e estilos de vida por influência dessa nova forma de lazer.

Atualmente, existem empresas e lojas dedicadas que venderem produtos nerd/geek os quais variam de miniaturas a réplicas, incluindo camisetas, canecas, chaveiros e outros itens. Muitos consumidores sabem onde encontrar esses produtos, mas em alguns casos, os fãs recorrem a produtos importados até porque alguns produtos dessa área ainda não são tão populares no Brasil, ou não há uma grande variedade de produtos para escolher.

O consumo está ligado à identidade dessa população. Esses bens simbólicos ou produtos comprovam o fato de ser fã, chegando, às vezes, ser necessário consumir para provar que é fã.

Claro que tudo isso tem seu lado bom e seu lado ruim: o bom é que os fãs se mantém mais próximos de seus ídolos, podem exibir suas coleções e louvar seus criadores, mas há também o perigo da pirataria digital, a de bens de consumo e a compra desses bens que burlam a propriedade intelectual acabam por estimular a contravenção.

(Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do HojeDiario.com)