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Apagão gera prejuízo de centenas de milhões de reais a bares, hotéis e restaurantes em São Paulo, calcula FHORESP

O recente apagão que afetou diversas cidades da região metropolitana de São Paulo, incluindo a capital, desde 3 de novembro, teve um impacto econômico devastador, especialmente nos setores de Alimentação e de Turismo.
A Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (FHORESP) estima um prejuízo de aproximadamente R$ 500 milhões para quase 14 mil empresas destes segmentos.

A tempestade ocorrida no feriado de Finados foi a causa da interrupção do fornecimento de energia elétrica. A FHORESP, representando cerca de 250 mil estabelecimentos do setor, informa que pelo menos 11% de suas empresas associadas, o que corresponde a 13.750 negócios, foram afetados pelo apagão.
Segundo Edson Pinto, diretor-executivo da FHORESP, este cenário agrava a situação dos setores que ainda se recuperavam das adversidades causadas pela pandemia do coronavírus (Covid-19).
“Estimamos de três a quatro meses para o setor se recuperar dos prejuízos causados pela falta de energia elétrica ao longo dos últimos dias, não só pelos estoques de produtos perecíveis perdidos, mas, também, pelo lucro cessante, ou seja, valores que as empresas deixaram de lucrar nesse período”, disse Edson.

Edson aponta que o prejuízo foi intensificado pelo fato de muitos estabelecimentos estarem preparados para um aumento no movimento durante o feriado, resultando em estoques reforçados que acabaram comprometidos.
“Os setores de Turismo e de Alimentação se prepararam para o feriado prolongado, obviamente esperando lucro, e o que aconteceu foi o contrário: hoje, estão contabilizando prejuízos. Pequenos e microempresários são os que sofreram as maiores perdas, pois têm menor poder de caixa para suportar uma situação como esta – vários dias sem energia elétrica”, afirma Edson.

Como resposta a este cenário desafiador, a FHORESP propõe a prorrogação dos vencimentos de tributos importantes, como o ICMS e o ISS.
“Estamos solicitando ao Governo do Estado de São Paulo e às Prefeituras que ponderem ampliar o prazo do recolhimento de impostos, para que as empresas prejudicadas tenham um prazo maior para a quitação. Isso já ajudaria, num primeiro momento, àquelas que foram atingidas pelo apagão. Poderes Executivos têm essa prorrogativa”, argumenta Edson Pinto.

Além disso, a Federação disponibilizou seu Departamento Jurídico para auxiliar os associados na mediação de ações judiciais individuais contra as concessionárias de energia elétrica, buscando compensações pelas perdas sofridas.
“Havendo a comprovação do prejuízo, os sindicatos representados pela FHORESP em todo o estado de São Paulo estão à disposição para acompanhar as ações de compensação. Importante, para tanto, é que tudo esteja documentado, por meio de notas fiscais, vídeos e fotos”, reforça o diretor-executivo.