Em tempo de guerra e violência, a oração pela paz é um grito de esperança que chega ao coração humano e ao coração de Deus. A violência humana mostra ao próprio ser humana sua limitação, sua insanidade. Não somos “o Criador”, ainda que em algum momento, consciente e inconsciente, tentemos ocupar o lugar de Deus. O ser humano em alguns casos é vítima da própria maldade. Até o mais ateu, vê sua incredulidade estremecer diante da crueldade humana. Se tudo dependesse somente do ser humano, o mundo e o universo já não mais existiriam.
A fé não é um grito insano e irracional no mundo de sensatos. Ela é a expressão de amor, daquele que se sente amado e atraído pelo Criador. O ódio e o fanatismo, a inveja e a injustiça não encontram na fé guarida e fundamento. Se a pessoa que crê, se identifica com o mal, está longe de Deus e tem uma falsa fé. A imperfeição humana não deve servir de pretexto para matar e destruir. A mudança do coração, muda a mente e as atitudes. Se tratando de fé a mudança tem que ser para melhor. Assim como precisamos da água, do ar e do alimento. Precisamos de Deus, precisamos da misericórdia Divina para não nos perdermos no nosso próprio orgulho, na nossa própria prepotência. Somente o bem, a justiça e o amor podem nos oferecer a verdadeira liberdade. O mal escraviza, arruína e mata o ser humano, e torna a convivência impossível. O conhecimento sem amor é pura ignorância. A convivência sem respeito e sem diálogo é um peso. A fé sem caridade e generosidade é qualquer coisa menos expressão de amor e comunhão com Deus.
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Os tempos difíceis que estamos vivendo exigem de nós força, sabedoria e esperança. Não desanimemos. Ao longo da história houve tantas atrocidades, mas muitos conseguiram persistir no bom caminho. A sua esperança fortalece o outro, o seu sorriso acalma o outro. O seu amor protege a vida de muitos. Deus nos ama, e essa é a verdade impressa em nossos corações. Não desanimemos! Continuemos rezando e acreditando na paz. Com essa singela oração de São Francisco concluo este texto. Deus vos abençoe!
“Senhor,
Fazei de mim um instrumento de vossa Paz.
Onde houver Ódio, que eu leve o Amor,
Onde houver Ofensa, que eu leve o Perdão.
Onde houver Discórdia, que eu leve a União.
Onde houver Dúvida, que eu leve a Fé.
Onde houver Erro, que eu leve a Verdade.
Onde houver Desespero, que eu leve a Esperança.
Onde houver Tristeza, que eu leve a Alegria.
Onde houver Trevas, que eu leve a Luz!
Ó Mestre,
fazei que eu procure mais:
consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois é dando, que se recebe.
Perdoando, que se é perdoado e
é morrendo, que se vive para a vida eterna!
Amém”
(Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do HojeDiario.com)