“O que é a realidade?”, por Luci Bonini

Imagine se eu dissesse a você, meu leitor, que a realidade que você vê, não é a mesma que eu vejo.

Ao longo de séculos, vimos o universo como algo regido pelas ideias de que a Terra era o centro do Universo, mais tarde porém, ela passou a ser apenas mais um corpo girando ao redor do Sol. Mais tarde Isaac Newton, quando descobriu a Lei da Gravidade, deixou uma herança aos cientistas que o sucederam como se o mundo e, consequentemente o universo, tivessem leis rígidas determinadas pelas leis imutáveis da física.

O tempo passou e as pesquisas foram além das leis universais, e quando Einstein deu à luz a sua Teoria da Relatividade, a compreensão da realidade mudou muito, afinal, o universo podia ser um pouco mais explorado, já que dava para medir a distância entre os astros que vemos a partir da velocidade da luz percorrida em anos.

Com o passar do tempo, a mecânica quântica abalou novamente a visão da realidade sofreu mudanças porque se em nível macro “vemos” e podemos “apalpar” os objetos à nossa volta, num nível subatômico isso não ocorre. A realidade nesse nível não é objetiva, ou seja, depende de quem observa.

Einstein já dizia que a realidade dependia de seu observador, a mecânica quântica comprova isso. Pois bem vamos lá, no nível subatômico, as partículas podem estar em dois lugares ao mesmo tempo, podem deixar de ser partículas e virarem ondas e ainda podem se emaranhar com uma partícula que esteja há milhões de anos-luz de distância. E tem mais, apesar de estarem separadas, se uma se altera, a outra também sofre alterações.

Pois bem, voltemos ao nosso dia a dia de trabalhar, cuidar da vida e dos nossos problemas… Mas e se inseríssemos a teoria da mecânica quântica e o emaranhamento quântico como coisas da vida diária?

Vamos lá: em primeiro lugar a realidade que eu vejo não é igual a sua nem a de ninguém, afinal se existe um emaranhamento quântico, nem mesmo a realidade que eu vejo agora, será a mesma daqui a um segundo, logo devo aprender a cada respiração que o mundo muda constantemente. Em segundo lugar tudo o que eu faço afeta alguém em algum lugar do mundo, pois se a matéria de que sou feita tem partículas subatômicas que podem se emaranhar com outra que vive há bilhões de anos luz daqui, meus pensamentos e ações também podem mudar o mundo.

Concluindo: vamos mudar tudo para melhor?

(Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do HojeDiario.com)