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“Dia dos Povos Indígenas”, por Luci Bonini

Todo dia 19 de Abril, comemora-se o Dia dos Povos Indígenas. Antes da chegada dos europeus em 1500, o Brasil era o lar de pelo menos 1.000 tribos com uma população total estimada de 5 a 13 milhões de pessoas. Hoje existem cerca de 305 tribos vivendo no Brasil, totalizando cerca de 1,7 milhão de pessoas, ou 0,8% da população brasileira.

O governo reconheceu 690 territórios por sua população indígena, cobrindo cerca de 13% da massa de terra do Brasil. Quase toda essa terra reservada (98,5%) está na Amazônia. Mas, embora cerca de metade de todos os povos indígenas brasileiros vivam fora da Amazônia, eles ocupam apenas 1,5% do total de terras reservadas para os povos indígenas no país.

O que quero trazer à reflexão é que apesar de termos muitas palavras em nosso vocabulário que vem das línguas indígenas, nem sempre lembramos disso. No Brasil, muitas cidades, muitos bairros muitas ruas levam nomes que vêm da língua tupi, por exemplo: Itaquaquecetuba, Mogi, Boissucanga e assim por diante.

Somos herdeiros de uma rica flora, cujas propriedades farmacêuticas os índios conhecem muito bem. Muitos pesquisadores andaram por esse sertão brasileiro e encontraram muitas receitas de chás e sementes que trazem a cura para muitas doenças como o óleo de andiroba, que atua como anti-inflamatório e é um potente cicatrizante, o pó de guaraná, usado como tônico para o estômago, estimulante, contra diarreias, ele também ativa as funções cerebrais e combate a arteriosclerose, as nevralgias e as enxaquecas, detêm hemorragias e atua como calmante para o coração. Temos, também, o óleo de copaíba que possui propriedades medicinais, combate o catarro, bronquites e disenterias, a catuaba, um energético utilizado no tratamento de cansaço físico e sexual, insônia, nervosismo e falta de memória e a semente de sucupira que age auxilia em tratamentos de reumatismo, artrite e outras inflamações.

A culinária brasileira herdou muito dos índios: o milho é o campeão em nossas mesas, com a polenta, a pamonha, o suco, o curau, o bolo e o creme de milho são alguns exemplos. Da mandioca: a farinha, a tapioca, o pirão. Da abóbora muitas delícias doces e salgadas podem ser saboreadas também. Muitas frutas como o buriti, a pitanga e outras frutas da floresta tropical nos chegaram por meio dos índios.

Herdamos também ritmos, instrumentos musicais, danças e a arte pictórica. A cultura indígena é algo extraordinário que não pode ser esquecida, pelo contrário, deve ser sempre preservada para que nunca esqueçamos, que antes de o branco aqui chegar, todos os dias eram deles.

(Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do HojeDiario.com)