Antiga Santa Casa, Hospital e Maternidade de Suzano começa a funcionar

Os atendimentos no Hospital e Maternidade de Suzano (HMS), anteriormente conhecido como Santa Casa de Misericórdia da cidade, começaram nesta quarta-feira (15). A Prefeitura Municipal estima um aumento de 15% no número de atendimentos e uma ampliação dos serviços de saúde oferecidos no município.

O prefeito Rodrigo Ashiuchi anunciou a mudança em dezembro do ano passado, encerrando uma intervenção que ocorria desde 2009, por solicitação do Ministério Público. O HMS continuará realizando cirurgias ortopédicas eletivas e introduzirá cirurgias ginecológicas, urológicas e gerais eletivas, além de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Infantil.

Além das mudanças nos serviços, o hospital passará por uma reforma do mobiliário e melhorias nas condições de trabalho para os funcionários.
A garantia de pagamento dos encargos e direitos trabalhistas dos profissionais que optaram por permanecer também está assegurada. A unidade poderá receber recursos baseados na nova tabela SUS Paulista.

O HMS possui 91 leitos e oferece diversos serviços, incluindo Pronto-Atendimento de Ortopedia, Pronto-Atendimento da Mulher, Posto de Coleta de Leite Humano, UTI Neonatal, UTI Adulto, Ortopedia e Traumatologia, Anestesiologia, Ala Cirúrgica, Ala Médica, Raio-X, Ultrassonografia, Tomografia, Mamografia e Ecocardiograma.

O Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS) assumiu a administração do HMS e do Pronto-Socorro Municipal (Adulto e Infantil) após vencer o chamamento público para locação dos imóveis e equipamentos. Esta medida atende a uma recomendação do Ministério Público de São Paulo.

A Prefeitura elaborou um Plano de Demissão Voluntária (PDV) para os colaboradores, permitindo que cerca de 500 funcionários fossem absorvidos pelo INTS com estabilidade garantida de seis meses, pagamento à vista da rescisão contratual e parcelamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) dos últimos cinco anos em até 60 parcelas corrigidas.

Dívida da Santa Casa

A intervenção na Santa Casa de Misericórdia de Suzano, iniciada em 2009 a pedido do Ministério Público de São Paulo, foi devido ao mau funcionamento do hospital. Em uma auditoria realizada em 2017, foi constatado que a Santa Casa possuía uma dívida de R$ 569 milhões, acumulada ao longo de décadas, incluindo débitos da abertura da Unidade II no antigo prédio do Hospital São Sebastião.

Os bens da Santa Casa foram penhorados e o prédio chegou a ir a leilão em 2019. No entanto, o processo foi cancelado após a Justiça aceitar o plano de pagamento das dívidas trabalhistas e o aumento do valor de repasse mensal proposto pela Prefeitura de Suzano, de R$ 100 mil para R$ 150 mil.