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“Panorama das Finanças Públicas Municipais 2024: um desafio de gestão e planejamento”, por Robinson Guedes

Tenho acompanhado de perto os desafios que os gestores municipais enfrentam ano após ano. Nos últimos tempos, o cenário não tem sido nada fácil. Para 2024, além do tradicional planejamento, aprovação e execução do orçamento local, é preciso que os gestores foquem nas particularidades do encerramento de mandato, assegurando a continuidade e a efetividade dos serviços públicos. Isso é essencial para que não haja rupturas na prestação dos serviços à população.

A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) trouxe algumas regras novas para o final do mandato que devem ser observadas com muita atenção pelos gestores municipais. Em minha opinião, essas regras são um avanço significativo, pois garantem que as despesas e compromissos assumidos sejam geridos de forma responsável, evitando a sobrecarga dos futuros administradores.

Ao longo de 2023, temos observado uma redução preocupante no ritmo de crescimento das receitas municipais, ao mesmo tempo em que as despesas aumentaram consideravelmente. Esse cenário, sem dúvida, é um sinal de alerta. A crise fiscal está aí, batendo à porta dos municípios, e isso impacta diretamente na capacidade de investir e manter serviços essenciais. Como mentor de empresários, sei bem o peso que uma crise financeira pode ter sobre qualquer organização, seja pública ou privada.

Apesar de uma leve alta na arrecadação de ICMS, com um crescimento de 4,5% no ano, os repasses federais não acompanharam o mesmo ritmo. Esse descompasso tem colocado muitos municípios em situações financeiras delicadas, dificultando a manutenção de serviços e investimentos necessários. Fico preocupado ao ver gestores lutando para equilibrar as contas e ainda assim enfrentando déficits significativos.

Minha experiência me ensinou que a sustentabilidade fiscal é a chave para uma gestão pública eficiente. É preciso buscar constantemente maior eficiência na administração dos recursos públicos. Soluções paliativas não resolvem o problema; pelo contrário, apenas adiam o inevitável. Planejamento de longo prazo e gestão estratégica são imperativos.

Transparência e responsabilidade são pilares que não podem ser ignorados. Uma gestão pública eficiente deve ser pautada pela prestação de contas e pela participação cidadã. Quando a população confia na administração pública, todo o processo se torna mais fluido e eficaz.

Olhando para 2024, vejo que os municípios precisam investir em capacitação e inovação. Novas tecnologias e melhorias nos processos administrativos podem fazer uma diferença enorme. Tenho visto isso acontecer em empresas que mentoro, onde a implementação de boas práticas de gestão transforma radicalmente os resultados financeiros.

Para todos os gestores e profissionais da área pública que estão lendo este artigo, minha mensagem é clara: a gestão financeira responsável e comprometida com o bem-estar da população é essencial. Cada ação que tomamos hoje pode moldar um futuro mais próspero e equilibrado para nossos municípios. Juntos, podemos transformar os desafios em oportunidades, garantindo um desenvolvimento sustentável para todos.

Como sempre digo aos meus alunos e mentorados: a responsabilidade é grande, mas o impacto positivo de uma gestão bem-feita é ainda maior. Vamos trabalhar juntos para construir um futuro melhor.

Robinson Guedes é Especialista em Finanças Públicas, Contador, Mentor de Empresários, Professor Universitário e Influencer.

(Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal HojeDiário.com).