Ricardo Reis de Faria, acusado de assassinar seus três filhos adotivos em um incêndio em sua residência na cidade de Poá, foi condenado a 67 anos e 14 dias de prisão em regime inicial fechado. A condenação foi proferida na madrugada desta sexta-feira (23), após julgamento no Fórum da Barra Funda, em São Paulo.
O julgamento, conduzido pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), contou com a participação de sete jurados, sendo cinco mulheres e dois homens. Durante o processo, foram ouvidas oito testemunhas, quatro de acusação e quatro de defesa.
Ricardo Reis de Faria foi condenado por homicídio triplamente qualificado, crime caracterizado por motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa das vítimas.
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Os filhos adotivos de Ricardo, Gabriel Reis de Faria e Vieira, de nove anos, Fernanda Verônica Reis de Faria e Vieira, de 14 anos, e Lorenzo Reis de Faria e Vieira, de dois anos, faleceram na madrugada de 17 de fevereiro de 2021, durante um incêndio na casa onde moravam, em Poá. Na época do crime, o casal Ricardo Reis e Leandro Reis estava recém separado, e as crianças estavam sob os cuidados de Ricardo.
Na madrugada do incêndio, Ricardo se dirigiu até a Delegacia de Poá, localizada próxima à sua residência, alegando que seus filhos estavam trancados dentro de casa e que ele não havia conseguido arrombar a porta para resgatá-los. No entanto, quando os agentes chegaram ao local, as chamas já haviam se alastrado e impedido o acesso às crianças.
Durante as investigações, Ricardo Reis de Faria apresentou múltiplas contradições em seus depoimentos, oferecendo três versões distintas sobre o ocorrido, incluindo a suspeita de um possível sequestro, o que levantou mais dúvidas sobre sua versão dos fatos.
