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“Novembro Azul: homem de verdade se cuida!”, por Alex Santos

Meus amigos, entramos no penúltimo mês do ano, período no qual o mundo se mobiliza em torno da campanha “Novembro Azul”, ação voltada para conscientizar a população masculina acerca de sua saúde, com foco especial no combate ao câncer de próstata. Embora a prevenção e o tratamento dessa doença sejam os principais temas, o mês traz à tona uma discussão mais ampla sobre a saúde masculina, que muitas vezes é negligenciada, e é deste universo que vamos tratar hoje.

Historicamente, muitos homens têm dificuldade em buscar cuidados médicos. A cultura machista, que muitas vezes valoriza a ideia de que “homem não chora” ou que é fraco quem procura ajuda, pode ser um grande obstáculo que, sem dúvida, precisa ser desafiado. Buscar informações, realizar exames preventivos e consultar um médico não são sinais de fraqueza, pelo contrário, são atitudes de responsabilidade e cuidado consigo mesmo.

Como dito, o mote central da campanha é o combate e a prevenção ao câncer de próstata, o segundo mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Neste contexto, é essencial que os homens comecem a fazer exames a partir dos 45 anos de idade, especialmente aqueles com histórico familiar da doença. O diagnóstico precoce é crucial e pode aumentar significativamente as chances de tratamento bem-sucedido. O exame de toque retal e o de dosagem do PSA (Antígeno Prostático Específico) são fundamentais e, embora muitos homens relutem em realizá-los, é importante lembrar que estes podem salvar vidas.

Outro aspecto que merece destaque é a saúde mental. O Novembro Azul não deve se limitar apenas à prevenção do câncer, mas também à promoção de um estilo de vida saudável e ao cuidado com a saúde mental, envolvendo, por exemplo, a abertura para conversar sobre emoções, enfrentar ansiedades e procurar apoio psicológico, sendo estas atitudes que todos os homens deveriam considerar para que a sociedade possa superar o estigma em torno da vulnerabilidade emocional.

Vale ressaltar que a conscientização não deve ser uma responsabilidade apenas dos homens, mas de toda a sociedade. As famílias, amigos e colegas de trabalho têm um papel vital em incentivar a conversa sobre saúde, criando assim um ambiente onde os homens se sintam à vontade para discutir suas preocupações. Que este mês sirva como um lembrete de que a saúde masculina deve ser uma prioridade ao quebrar tabus, buscar informação e, acima de qualquer preconceito, cuidar da saúde.

(Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal HojeDiario.com).