Eu já abordei aqui há, pelo menos dois anos, o que é um algoritmo, mas é sempre bom entender como eles vêm avançando e deixando as informações cada vez mais inexatas. Hoje vou falar das Deep Fakes.
Deep fake é uma técnica que utiliza inteligência artificial, mais especificamente redes neurais profundas (daí o termo “deep”, que significa profundo em inglês), para criar vídeos, imagens ou áudios falsos que parecem extremamente reais. Esses conteúdos são gerados por algoritmos que aprendem a imitar a aparência, a voz ou os movimentos de uma pessoa a partir de dados reais, como fotos ou gravações. Sabe aquele vídeo curto do homem saindo do mar com um animal monstruoso? Ou ainda um animal extinto há anos andando pelas florestas? OU ainda uma criança de 3 anos tocando a Nona Sinfonia de Bethoven?
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Elas estão ficando cada vez mais ousadas. Então vamos ver como são criadas. Num primeiro momento o algoritmo é treinado com uma grande quantidade de imagens, vídeos ou áudios da pessoa que se deseja imitar, em seguida, usando técnicas como GANs (Redes Generativas Adversariais), o algoritmo aprende a gerar conteúdos que parecem autênticos e assim, após o treinamento, o algoritmo pode produzir vídeos ou imagens falsos, mas convincentes, trocando rostos, alterando expressões ou até mesmo criando discursos fictícios.
Todos nós já vimos famosos: políticos, artistas e influenciadores serem “copiados” dando notícias de morte, de ofertas de artigos caros pela metade do preço e até mesmo sorteando brindes que nunca vão chegar até nós.
O uso dessas deep fakes já invadiu o entretenimento, como por exemplo para criar efeitos especiais em filmes ou dublagens realistas, em alguns casos para fins educativos são recriadas figuras históricas e claro, como o ser humano é cruel, há também a criação de notícias falsas, difamação ou manipulação política.
Quando nos deparamos com qualquer informação nas redes sociais, precisamos tomar cuidado para não cair na cilada de espalhar fake news ou manipular opiniões públicas Há, também, casos em que pessoas podem ter suas imagens ou vozes usadas sem consentimento, afinal, nas redes sociais a ética está esquecida faz tempo. É bom falar também que elas podem ser usadas em golpes ou fraudes.
Por isso, é importante estar atento ao consumo de informações e verificar a autenticidade de conteúdos suspeitos. Tecnologias de detecção de deep fakes também estão sendo desenvolvidas para combater esse problema, se eu souber quais são, “de verdade” eu conto para meus leitores.
(Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal HojeDiario.com).