Com a morte de Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco, aos 88 anos, nesta segunda-feira (21), um novo conclave será convocado para eleger o próximo pontífice da Igreja Católica. Essa reunião, realizada a portas fechadas, reúne cardeais que escolhem, por maioria, quem ocupará o posto de novo Santo Padre.
Durante o conclave, a tradição estabelece que a fumaça preta, proveniente da chaminé da Capela Sistina, no Vaticano, indica que ainda não houve consenso. Quando a fumaça branca surge, sinaliza que um novo papa foi escolhido.
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Apesar de cardeais com mais de 80 anos não poderem votar, eles ainda podem ser eleitos — embora essa possibilidade seja rara. Confira abaixo os cardeais brasileiros que podem participar da votação e, eventualmente, serem eleitos papa:
- Dom Jaime Spengler – Arquidiocese de Porto Alegre (Rio Grande do Sul)
Catarinense de 64 anos e também membro da Ordem dos Frades Menores, é doutor em Filosofia pela Pontifícia Universidade Antonianum, em Roma. Atuou em diversas cidades brasileiras até ser ordenado bispo em 2010. Desde 2013, lidera a Arquidiocese de Porto Alegre e, em dezembro de 2024, foi nomeado cardeal pelo Papa Francisco. Atualmente, preside a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). - Dom João Braz de Aviz – Emérito de Brasília (Distrito Federal)
Catarinense de 77 anos, possui doutorado em Teologia Dogmática pela Pontifícia Universidade Lateranense, em Roma, e tem experiência como professor. Tornou-se bispo em 1994, atuando no Espírito Santo e Paraná, onde foi arcebispo de Maringá. Em 2004, assumiu a Arquidiocese Metropolitana de Brasília. Em 2011, foi nomeado por Bento XVI como prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica, no Vaticano, onde atuou até janeiro de 2025. Foi criado cardeal em 2012 e também participou do conclave de 2013. - Dom Leonardo Ulrich Steiner – Arquidiocese de Manaus (Amazonas)
Natural de Santa Catarina e com 74 anos, pertence à Ordem dos Frades Menores. Doutor em Filosofia pela Pontifícia Universidade Antonianum, em Roma, foi secretário-geral dessa instituição. Ordenado bispo em 2005, lidera a Arquidiocese de Manaus desde 2019. Foi criado cardeal da Amazônia em agosto de 2022. - Dom Odilo Scherer – Arquidiocese de São Paulo (São Paulo)
Natural do Rio Grande do Sul e com 75 anos, foi nomeado bispo em 2001 e cardeal em 2007. Doutor em Teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Católica de Kaslik, no Líbano, em 2019. Representa a CNBB junto ao CELAM (Conselho Episcopal Latino-Americano). Em 2013, foi cotado para suceder Bento XVI, mas o conclave elegeu Francisco. Em 2024, o Papa Francisco decidiu prolongar sua permanência à frente da Arquidiocese de São Paulo por mais dois anos. - Dom Orani João Tempesta – Arquidiocese do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro)
Paulista de 74 anos, foi ordenado bispo em 1997 e tornou-se arcebispo de Belém em 2004. Desde 2009, lidera a Arquidiocese do Rio de Janeiro e foi elevado a cardeal em 2014 pelo Papa Francisco. Teve papel de destaque na Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de 2013, evento que reuniu jovens de diversas partes do mundo. - Dom Paulo Cezar Costa – Arquidiocese de Brasília (Distrito Federal)
Carioca de 57 anos, possui Doutorado em Teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma. Foi ordenado bispo em 2011 e, em 2020, assumiu a Arquidiocese Metropolitana de Brasília. Em 2022, foi nomeado cardeal pelo Papa Francisco. - Dom Raymundo Damasceno Assis – Emérito da Arquidiocese de Aparecida (São Paulo)
Mineiro de 88 anos, foi ordenado bispo em 1986 e assumiu a Arquidiocese de Aparecida em 2004, cargo que ocupou até 2016. Criado cardeal em 2010 por Bento XVI, participou do conclave de 2013. Em 2024, passou por um cateterismo e atualmente presta apoio pastoral em Brasília. Embora não possa votar por causa da idade, ainda pode ser eleito papa. - Dom Sergio da Rocha – Arquidiocese de Salvador (Bahia)
Com 65 anos e natural do interior paulista, possui doutorado pela Academia Alfonsiana da Pontifícia Universidade Lateranense, em Roma. Iniciou sua trajetória episcopal em Fortaleza (CE), em 2001, passando por Teresina (PI) e Brasília (DF), até assumir a Arquidiocese de Salvador em 2020. Presidiu a CNBB e foi nomeado cardeal em 2016 pelo Papa Francisco.
A votação para escolher o novo papa terá início assim que todos os cardeais eleitores — aqueles com menos de 80 anos — estiverem reunidos na Capela Sistina. Caso nenhum candidato obtenha o apoio de pelo menos dois terços do colégio cardinalício, novas votações ocorrerão, com duas rodadas pela manhã e duas à tarde.
Durante o processo, os cardeais permanecem isolados do mundo exterior.