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Manifestação contra escala 6×1 é realizada dentro de shopping da área central de Mogi das Cruzes nesta quarta-feira (23); ato ocorreu nacionalmente

Militantes realizaram uma manifestação na noite desta quarta-feira (23) na praça de alimentação de um shopping localizado na área central de Mogi das Cruzes. O ato integrou uma mobilização nacional e foi organizado pelo Movimento Luta de Classes (MLC) e pela Unidade Popular pelo Socialismo (UP).

A ação, que ocorreu de forma pacífica, teve como foco protestar contra a jornada de trabalho 6×1, em que o trabalhador atua seis dias por semana e descansa apenas um. Segundo os organizadores, o objetivo foi chamar a atenção para as condições enfrentadas por milhões de brasileiros que recebem salários considerados baixos, mesmo diante do aumento constante do custo de vida.

Durante o protesto, os participantes criticaram o reajuste salarial de apenas 2,5%, considerado insuficiente para repor as perdas inflacionárias. Também foi destacado o impacto mais severo da precarização sobre as mulheres, que, de acordo com os organizadores, enfrentam múltiplas jornadas, são remuneradas de forma desigual e sofrem com episódios de assédio no ambiente profissional.

PEC sobre jornada 6×1 é discutida em Brasília

Em paralelo às manifestações, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 8/25, que propõe o fim da escala de trabalho 6×1, começou a tramitar na Câmara dos Deputados, em Brasília. O texto foi protocolado em fevereiro por parlamentares aliados ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e já conta com o apoio de mais de 170 deputados.

A proposta prevê uma jornada de quatro dias de trabalho por semana, com três dias de descanso, mantendo o limite de 8 horas diárias. Na prática, a carga horária máxima passaria de 44 para 36 horas semanais.

A deputada Erika Hilton, autora da PEC, afirmou que iniciou diálogos com líderes partidários para garantir o avanço da proposta. Segundo ela, a intenção é pressionar a Câmara para assumir um compromisso com a melhoria das condições de trabalho no país.
A parlamentar reforçou que já houve conversas com algumas lideranças e que pretende intensificar a articulação em defesa do projeto.