No dia 28 de janeiro de 2024, as vidas de Ana Carolina de Souza, uma jovem biomédica de 23 anos; Marcelo Guerra, motorista socorrista do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) em Suzano; e Cristiane de Souza, também socorrista, se cruzaram de forma inesperada e decisiva.
Ana pedalava ao lado da mãe na região da Vila Amorim, em Suzano, quando um carro, trafegando na contramão e em alta velocidade, atingiu as duas. O motorista fugiu do local sem prestar socorro.
A mãe de Ana não sofreu ferimentos graves, mas a jovem foi vítima de um severo traumatismo craniano.
Um motorista que passava pela via acionou o SAMU. Marcelo Guerra foi o primeiro a chegar. “Identifiquei de imediato a dificuldade do atendimento devido à ausência de iluminação pública naquele trecho. Posicionei a viatura de forma que os faróis iluminassem a área, o que facilitou a avaliação do estado da vítima”, explicou o profissional.
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Ana Carolina ficou 33 dias internada, sendo 27 deles na UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Após uma recuperação gradual, enfrentou seis meses de fisioterapia. Segundo ela, a situação era crítica a ponto de os médicos não acreditarem em sua sobrevivência.
“Foi muito grave. Os médicos deram 99% de chance de óbito. Eu já estava confusa, praticamente morta”, relembra.
A atuação da equipe do SAMU seguiu os protocolos estabelecidos. A vítima foi estabilizada, imobilizada e conduzida para receber o suporte avançado o mais rápido possível.
“Ela estava inconsciente. O procedimento de emergência foi iniciado imediatamente, com foco em preservar as funções vitais até o encontro com a unidade de suporte avançado”, relatou Marcelo.
Luciana Silva de Castro, mãe de Ana Carolina, revive com emoção o momento do acidente.
“Vi minha filha caída, inconsciente. Era como se o tempo tivesse parado. Sei que o atendimento foi rápido, mas naquele instante, tudo desmoronou. Eu me senti impotente”, diz.
Para Luciana, a recuperação da filha foi um verdadeiro milagre.
“Deus foi muito bondoso em me devolver minha filha. Os médicos disseram que, se ela sobrevivesse, poderia levar anos para retomar a rotina — e ainda com sequelas neurológicas. Mas Deus é tão maravilhoso que hoje ela está perfeita, já voltou à vida normal”, disse.
Algum tempo após o ocorrido, a jovem fez contato com a equipe do SAMU para agradecer. “Quis agradecer pelo atendimento rápido e eficiente. Foi fundamental para minha sobrevivência”, afirmou.
Ana Carolina encara sua recuperação como algo inexplicável.
“Para os médicos, o que aconteceu comigo é impossível: traumatismo craniano, hemorragia, coágulo cerebral, fratura exposta… e não fiquei com nenhuma sequela. Graças a Deus, estou completamente bem. Hoje trabalho normalmente e sigo minha vida”, finalizou.



