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“Câncer: uma doença que não escolhe poder, riqueza, nem título”, por Doutor Jorge Abissamra Filho

Nos últimos meses, o mundo acompanhou surpreso a divulgação de diagnósticos de câncer em algumas das figuras mais poderosas e conhecidas do planeta. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, foi diagnosticado com câncer de próstata avançado, com metástase óssea — um quadro que exige tratamento contínuo e vigilância rigorosa. O que chama a atenção nesse caso não é apenas o diagnóstico em si, mas o fato de que o homem mais poderoso do mundo não fazia exames de rotina. Uma decisão que, infelizmente, é mais comum do que imaginamos, mesmo entre aqueles que têm acesso ao melhor sistema de saúde do planeta.

Esse não é um episódio isolado. A princesa Kate Middleton, jovem, mãe de três filhos, também revelou recentemente estar enfrentando um câncer. E o rei Charles III, aos 75 anos, foi surpreendido por um diagnóstico oncológico, reforçando um fato inquestionável: o câncer não escolhe vítimas. Não importa se você é rei, rainha, presidente ou cidadão comum. O câncer ignora sobrenomes, contas bancárias, títulos e cargos.

O caso de Joe Biden, especificamente, traz uma lição muito clara. O câncer de próstata é o segundo tipo mais comum entre os homens no mundo, e quando diagnosticado precocemente, as chances de cura ultrapassam 90%. Contudo, quando negligenciado, ele pode evoluir para formas avançadas, como no caso do presidente norte-americano, levando a metástases ósseas e exigindo tratamentos contínuos, como bloqueio hormonal e novas terapias medicamentosas. O detalhe chocante é que, com algo tão simples quanto um exame de sangue (PSA) e uma avaliação periódica com o urologista, a história poderia ser outra.

E se engana quem pensa que isso é um problema apenas dos Estados Unidos. No Brasil, milhares de homens também adiam os cuidados com a própria saúde. Seja por medo, preconceito, desinformação ou até por aquela velha ideia de que “homem não adoece”, o resultado é o mesmo: diagnósticos tardios, tratamentos mais complexos e, infelizmente, vidas perdidas de forma evitável.

É fundamental entender que o câncer não faz distinção. O que diferencia, muitas vezes, é o acesso ao diagnóstico precoce e aos tratamentos adequados. Mas nem todo poder do mundo impede uma célula doente de se multiplicar.

Se até o presidente da nação mais poderosa do planeta, a futura rainha da Inglaterra e o próprio rei foram surpreendidos, o que dizer de nós, que muitas vezes deixamos nossa saúde em segundo plano?

O recado que esses casos trazem é forte e claro: cuidar da saúde é um ato de amor próprio, de responsabilidade e de consciência. Homens, façam seus exames de rotina. Mulheres, incentivem seus pais, maridos, filhos e irmãos. Porque saúde não pode ser negligenciada.
Câncer não é uma sentença, mas também não espera. Informação, prevenção e diagnóstico precoce continuam sendo nossas maiores armas.

(Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal HojeDiario.com).