O longo período de convivência dos casais durante a pandemia do coronavírus (Covid-19) teve efeitos extremamente fortes nos índices de divórcio no Brasil.
Como o processo da quebra do casamento foi facilitada nos últimos anos igualmente, sendo possível até fazer a separação pela internet (https://www.-enotariado.org.br), o Colégio Notarial do Brasil – Conselho Federal (CNB/CF), órgão que reúne os registros dos Cartórios do país, mostrou em levantamento que 2020 foi o ano que mais registrou fim de casamentos desde o início da prática do ato de divórcio em Cartórios no ano de 2007.
“Este ano atípico de 2020 provocou muitas mudanças, tanto na convivência entre as pessoas, como também na prestação de serviços aos cidadãos. Os Cartórios de Notas obtiveram a autorização nacional para prestarem uma série de serviços em meio eletrônico, possibilitando que os cidadãos resolvessem seus problemas, tanto pessoais como patrimoniais, sem sair de casa, contribuindo com o isolamento social e evitando que situações de má convivência permanecessem sem serem solucionadas”, explica a presidente do CNB/CF, Giselle Oliveira de Barros.
O número total de 43.859 divórcios extrajudiciais, realizados diretamente em Cartórios de Notas, no segundo semestre de 2020 no Brasil, é 15% maior do que as 38.174 dissoluções matrimoniais ocorridas no segundo semestre de 2019. Os dados mostram um crescimento de 13 pontos percentuais na média histórica de divórcios no país, que apontava crescimento anual de 2% desde que o divórcio direto foi introduzido no Brasil. Em outubro, foram mais de 7 mil separações, o maior número desde 2007.
Os percentuais de dissoluções matrimoniais mostra que os percentuais dos estados foram: Acre (50%), Alagoas (21%), Amazonas (17%), Ceará (14%), Distrito Federal (26%), Espírito Santo (30%), Goiás (19%), Maranhão (19%), Minas Gerais (11%), Mato Grosso do Sul (49%), Mato Grosso (15%), Pará (14%), Paraíba (19%), Pernambuco (34%), Paraná (13%), Rio de Janeiro (8%), Rio Grande do Norte (26%), Rondônia (54%), Roraima (26%), Rio Grande do Sul (7%), Santa Catarina (95), Sergipe (21%) e São Paulo (18%).
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