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“Prevenção e vacina”, por Luci Bonini

A palavra vacina, vem do latim: vaccinus, que significa “derivado da vaca”. No século XVIII, a varíola matava muitos e deixava mais alguns com cicatrizes. Nesta época, um médico inglês, Edward Jenner, percebeu que muitas pessoas que ordenhavam as vacas não contraíam a doença. Então, ele extraiu material de uma ordenhadora e o inoculou em um menino, que manifestou a doença de forma leve.

No início da república, em 1904, o hospital São Sebastião, no Rio de Janeiro, já tinha atingido a marca de 1800 internados pela varíola. Muitas pessoas rejeitavam a vacina por puro desconhecimento do seu mecanismo de fabricação e de suas reações. A vacina antivariólica era fabricada com o líquido das pústulas de vacas doentes e as Fake News, da época, afirmavam que quem se vacinasse acabaria ficando com as feições de uma vaca.

Por causa dessa e outras resistências da população contra a vacinação, ela se tornou obrigatória em 9 de novembro daquele ano. A Revolta da Vacina, como ficou conhecida foi um caos para a época: 30 pessoas morreram, 110 ficaram feridas e 461 foram deportadas para o Acre.

Esse cenário do Rio de Janeiro no começo do século, veio à minha memória neste momento por causa da discussão que novamente vem à tona: a vacina deve ser obrigatória?

As vacinas fazem parte de um departamento da medicina que se chama prevenção. Acredito que os seres humanos não aprendem com seus erros. Incluam-se aí gestores públicos que não são bem assessorados, população com uma educação frágil, pois a educação para prevenção inexiste.

A vacinação faz parte da medicina preventiva. Entre as várias formas de prevenção de doenças que podem ser evitadas com as vacinas, precisamos ainda pensar na prevenção de muitos outros males: prevenir doenças respiratórias, infarto, diversos tipos de câncer, doenças sexualmente transmissíveis e vai por aí além…

Prevenir é melhor do que remediar já diz o antigo ditado!

Precisamos de saneamento básico para prevenir uma simples diarreia que mata 12,4 crianças para cada 1.000 nascidos vivos por ano no Brasil. As causas dessas mortes são evitáveis: saneamento básico, aleitamento materno preferencial nos primeiros meses de vida e melhores condições socioeconômicas da população. 

Num site chamado cardiômetro, o ano de 2021 já atingiu a marca de 151.360 mortos de doenças cardíacas no Brasil. Os fatores de risco: alcoolismo, colesterol alto, diabetes, hipertensão arterial, estresse, sedentarismo, obesidade e tabagismo. Este último mata 200 mil pessoas por ano no Brasil, segundo a Fiocruz.

Muitas atitudes nossas de higiene pessoal, alimentação adequada e exercício físico já ajudariam muito a não congestionar nosso, já precário, sistema de saúde.

(Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do HojeDiário.com)