A Ronda Escolar e o Conselho Tutelar de Mogi das Cruzes acompanharam, na última terça-feira (28), uma confusão envolvendo alunos de uma escola do bairro Porteira Preta. Em imagens que circulam nas redes sociais, a briga entre alunas da escola, acontecia em uma praça, por volta das 22 horas. No entanto, o que chamou a atenção da comunidade escolar, foi que, um dos alunos – que assistia à discussão – segurava nas mãos, um objeto que aparentava ser uma arma de brinquedo.
Após tomarem conhecimento do fato, os dirigentes escolares acionaram a Ronda Escolar, o Conselho Tutelar e o responsável pelo aluno.
Em nota ao portal HojeDiário.com, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo informou que todas as medidas necessárias para garantir a segurança da comunidade escolar foram adotadas e as aulas seguem regularmente. Complementou ainda que o Boletim de Ocorrência (B.O) foi registrado e o caso será inserido na Plataforma Conviva (Placon-SP). “A Seduc ressalta que as escolas da rede estadual estão atentas aos comportamentos dos estudantes, atuando com a escuta ativa e mediação, buscando solucionar os conflitos identificados. Periodicamente, a equipe CONVIVA SP – Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar – promove encontros formativos junto aos COE (Coordenador de Organização Escolar) cujas pautas são voltadas à promoção da cultura da paz, à valorização da vida e à mediação de conflitos”, finalizou a nota.
O caso foi comentado pela vereadora Inês Paz, do PSOL, durante o expediente que antecedeu a sessão na Câmara Municipal nesta quarta-feira (29). Inês é professora e dirigente sindical durante toda a sua carreira.
“Nós estamos saindo de uma pandemia, quando tudo ficou muito represado. A volta ao presencial mesmo não está sendo acompanhada por políticas de saúde mental. Os professores estão ficando doentes”, comenta.
“Essa escola onde ocorreu esse fato, que foi uma briga com um aluno portando uma arma de brinquedo, é uma PEI (Programa de Ensino Integral). Acontece que as escolas não foram preparadas para oferecerem tantas oficinas e manterem os alunos durante tantas horas na escola. Parte desse tempo acaba sendo ocupado por aulas, e esse não era o objetivo. O que sinto é que estamos em uma grande ‘panela de pressão'”, diz.
Por fim, a vereadora ressalta que o problema não é focado apenas em Mogi das Cruzes, mas sim em todo o país. Defende ainda a retomada do Fórum Municipal da Cultura da Paz que, favoreceu o debate sobre esse e outros problemas ligados à segurança de estudantes e professores.
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