Acompanhamos consternados a tragédia em Blumenau, Santa Catarina, que vitimou quatro crianças e deixou outras cinco feridas. Um agressor, um maníaco, um marginal, normalmente, busca àquele que, na sua cabeça, julga ser mais frágil e mais indefeso. O Brasil nas estatísticas, em números absolutos, é o país com o maior número de homicídios do mundo, e proporcionalmente ao número de habitantes é o oitavo. Este peso recai sobre os ombros de todos nós, gerando assim traumas, insegurança e enfermidades.
Um país tão rico, com um clima favorável e uma terra fértil, sangra pela maldade de alguns; sangra pela injustiça, pela violência, pelas drogas, pelas concessões do Estado, que não consegue mais cuidar e proteger os seus cidadãos. É um país ágil para arrecadar e multar, e lento para cuidar e proteger. Uma pequena parcela da população respira em segurança e o restante conta com a sorte, e/ou o auxílio de Deus.
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A violência em qualquer nível não pode ser tolerada, justificada ou aceita, como um comportamento normal. Onde as políticas públicas e a educação funcionam, onde a religiosidade é levada em conta, os níveis de violência despencam. A semente do mal germina onde não há perdão e acolhimento, onde não há respeito e justiça. A fraternidade, a justiça, o respeito e fé gestadas e ensinadas dentro de nossos lares podem mudar uma rua, um bairro, uma cidade e um país. Podemos ser as próprias e as próximas vítimas daquilo que não construímos e não fomentamos.
Por isso que precisamos nos unir para expulsar e extirpar o mal que quer dominar e propiciar o caos. Em sentido humano e psíquico, aprender com as próprias dores é angustiante demais. Não precisamos fazer desta exceção uma regra, uma norma.
Agora, de qualquer forma, antes de pensarmos em perder a esperança, e acharmos que não dá para fazer nada, pensemos do quanto os pequeninos e os idosos dependem e precisam de nós. Que amor cresça para o mal diluir. Que cada segmento da sociedade possa lançar as sementes do Reino de Deus, a semente do amor e do respeito.
Num mundo caótico o problema é uma cruz na sala de aula? Ou em uma repartição pública? A fé sempre fez parte da história do nosso povo. Não a expulsemos como se fosse um problema relevante a ser resolvido. Numa moral reversa, tiramos a religião nas escolas e permitimos a entrada as drogas. Uma Feliz Páscoa a todos e paz aos que sofrem.
(Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do HojeDiario.com)