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Partido Liberal (PL) recorrerá a órgãos internacionais para reverter inelegibilidade de Bolsonaro, diz Valdemar Costa Neto

O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, afirmou nesta segunda-feira (21) que entrará com recursos em órgãos internacionais contra o julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível por oito anos.

“Levei ao meu advogado e a uma advogada minha que trabalha nos Estados Unidos e vamos entrar com recursos em órgãos internacionais contra o julgamento do Bolsonaro”, disse em entrevista a uma rádio regional.

Segundo Costa Neto, a medida não terá forças para reverter a decisão, “mas terá forças para mostrar que o julgamento foi ilegal”. O dirigente, porém, só citou a Organização das Nações Unidas (ONU) como um dos órgãos no quais devem entrar com o processo.

Costa Neto ainda ressaltou que o PL entrará com recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) para pedir que seja a decisão do TSE seja revertida. Uma medida assim, porém, nunca foi tomada ou revertida pela Corte.

“Nós vamos entrar no Supremo. Eu ainda tenho esperança que eles mudem a decisão. O Supremo nunca reformou a decisão de um órgão superior. Mas daqui a dois anos a gente não sabe como estará a situação. Porque as coisas mudam no país. Quem diria que o Lula seria novamente candidato a presidência da República? Ficou 500 dias preso e hoje é presidente do Brasil. As coisas mudam e mudam muito”, disse.

Valdemar também teceu críticas ao ministro do STF, Alexandre de Moraes, e disse que o juiz persegue o ex-presidente.
“Como você vai tornar alguém inelegível quem não tem mandato? Isso nunca ocorreu no mundo. Então, tenho achado que o Alexandre de Moraes tem errado e muito e isso não pode acabar bem. Nós não perdemos nosso apoio, ficamos com o país divido e já era hora de ter acabado com essas confusões”, disse.

Em junho de 2023, Jair Bolsonaro foi condenado a oito anos de inelegibilidade, por maioria de votos (5 a 2) do Plenário do TSE, contados a partir das Eleições 2022. Ficou reconhecida a prática de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante reunião realizada no Palácio da Alvorada com embaixadores estrangeiros no dia 18 de julho do ano passado, enquanto Bolsonaro ainda era presidente da República.