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“Espionagem e soberania”, por Luci Bonini

Não sei se abordei este tema anteriormente, mas em tempos de guerra é sempre bom falar um pouco sobre isso.

Nos tempos da Guerra Fria, lá pelos idos das décadas de 60 e 70 no século passado, os filmes de James Bond, mostravam um charmoso espião com um aparato tecnológico avançado que era capaz de descobrir um artefato nuclear escondido nos altos do Himalaia.

Na verdade, não sei se existiu este roteiro cinematográfico, mas a espionagem atual, com certeza se inspira nos filmes do Agente 007, ou vice-versa.

A cada dia que passa, vemos que as tecnologias de informação e comunicação trazem inúmeras formas de se violar a privacidade alheia, seja de pessoas, seja de países inteiros.

Os sistemas de vigilância – como o Kasper Sky, por exemplo, aplicativos que monitoram viagens de avião, drones que passam imperceptíveis em cima de nossas cabeças, telescópios e satélites cada vez mais potentes. Os aparelhos celulares têm seus GPS’s e isso é possível monitorar por onde andam as pessoas… e vai por aí além.

Nada mais é secreto neste mundo. O Brasil estremeceu quando Edward Snowden, que trabalhava na Agência de Segurança Nacional americana, afirmou que o país tinha sido alvo de espionagem dos Estados Unidos.

Depois do espanto e da raiva, o Brasil resolveu instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar os fatos mais detalhadamente. O objetivo da comissão é proteger a soberania nacional.

Que lição tiramos daí? O que podemos ou devemos aprender a respeito da fragilidade brasileira quando se trata de espionagem com tecnologia tão sofisticada?

Acho que podemos afirmar duas coisas muito importantes: primeiro: o Brasil é um importante país no cenário internacional, uma vez que tem riquezas como petróleo, por exemplo, veja-se aí o pré-sal – uma gigantesca jazida de energia – que necessita de tecnologia para ser extraído. Com todos os conflitos acontecendo no Oriente Médio que é um grande fornecedor de óleo, é claro que o mundo precisa buscar novas alternativas.

Segundo, e não menos importante, é urgente que o Brasil repense suas tecnologias de comunicação e informação. Precisamos ter empresas de comunicação mais comprometidas com a garantia dos sigilos nos e-mails e nas ligações telefônicas, principalmente nos contratos comerciais, ou na troca de informação no setor público.

Quando se privatizaram as empresas de telefonia, se esqueceram de enfatizar que elas precisavam ter uma garantia de segurança. Como é que um banco consegue garantir a segurança de uma transação bancária via internet e o planalto não consegue manter a privacidade de políticos, magistrados e ministros?

(Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do HojeDiario.com)