Ao longo da história da humanidade as máscaras surgiram em todas as culturas e cada uma delas fez com quem as usasse assumisse uma personalidade, uma identidade.
A palavra máscara tem sua origem, muito provavelmente, na palavra italiana maschera, essa, por sua vez, pode ter vindo do latim: masca, que significava: espectro, fantasma, pesadelo. Pode ter vindo também do árabe: maskhara, que significava palhaço, bufão. Como os árabes viveram alguns séculos nas penínsulas Ibérica e Itálica, é bem possível essa influência linguística. Os judeus também tiveram sua passagem pelos mesmos lugares e do hebraico vem a palavra masecha, que tem por significado: zombar, ridicularizar.
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Em todas as civilizações as máscaras são usadas em diferentes situações: celebrações aos deuses, chamar os espíritos dos mortos, espantar os demônios e assim por diante.
Em Veneza, o carnaval era marcado pelo uso de máscaras. Muitos aproveitavam esconder-se por trás das fantasias mascaradas para fazer o que não era possível fora do período da festa da carne.
Durante a peste negra, que matou mais de 40 milhões na Europa, os médicos usavam uma máscara com um longo bico dentro do qual colocavam perfume, a fim de não sentir o mau cheiro dos doentes pestilentos e dos cadáveres que se amontoavam pelas ruas.
Atualmente, vemos diferentes máscaras a fim de conter a contaminação pelo vírus. Divirto-me ao contemplar a criatividade do nosso povo na escolha de suas máscaras: homenagem aos times de futebol, caveiras, monstros, bolinhas, florzinhas, palavras de ordem, tecidos em cores neon e as clássicas brancas.
Algumas mais comportadas, algumas mais arrojadas, outras abaixo do queixo, mas cada uma tem a identidade de quem a escolheu…
Quem achou que todos usariam um único modelo de máscara com uma única cor, enganou-se. Quem achou que ao esconder nosso sorriso, impediria nosso bom humor ao cobrir nosso rosto, deve estar decepcionado.
Elas, inocentemente deram voz aos nossos personagens da vida real…..