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“A fraternidade nos leva a Deus”, por Padre Claudio Taciano

A arte de rezar não somente acalma o coração, mas nos ajuda a superar as dificuldades que de tempo em tempo surgem. Rezar não é desencarnar-se da história, das responsabilidades e dos espinhos da convivência, mas é assumir tudo isso com o coração. A dimensão horizontal da fé é tão importante quanto a vertical. Rezar supõe amar. Afinal, Deus é amor!

A verticalidade da fé é bem propagada e explorada nos dias atuais. Ouve-se muito por aí: “Deus pode resolver todos os seus problemas e traumas e até mesmo o seu problema financeiro.” Mas, sem amor, a gente se torna um problema para os outros e para Deus.

Sem a dimensão horizontal a fé fica doente, estéril e manca. Para nós nos unirmos ao Criador, que é Pai, precisamos nos unir aos seus filhos e filhas, nossos irmãos e irmãs. Até mesmo para a fé ser vivida, corrigida e amadurecida na convivência nossa de cada dia.

Amar e respeitar o próximo, não é uma mera obrigação para desencargo de consciência, nem de um tipo protocolo de boas maneiras, para servir de imagem/vitrine para os outros. Mas sim de uma inclinação natural.
Crer em Deus é crer na força do amor que muda a nossa existência, o nosso mundo.

Bem sabemos, que a ausência de amor, causa rupturas, traumas, ira, e tantos outros sofrimentos. Em relação a fé não é diferente, a falta de amor torna tudo um verdadeiro teatro, um circo sem sorriso.

Não é exagero dizer que o que falta no mundo não é gente que reza, o que falta é gente que reza amando. A oração é graça de Deus e inclinação amorosa mútua. Deus que é amor e o ser humano que é amado, se encontram. Por isso que rezar faz tão bem. E este estar bem, favorece a boa e compromissada convivência. Estamos sempre tão próximos, e psicologicamente tão distantes.

É hora de nos vestirmos e nos revestirmos de fraternidade. A causa de muitos problemas não é falta de conhecimento, mas a falta de empatia e de comunhão. Trate como você gostaria de ser tratado, se interesse como você gostaria que se interessassem. Jogamos lixo no rio, depois estamos a procura de água potável. A fraternidade nos lapida, nos corrige e nos fortalece. Mas ela deve ser vivida de forma constante e discreta. Sem alarde, sem euforia mas sempre. Essa contínua fraternidade traz Deus para perto de nós e nos leva também para perto de Deus.

Em relação ao cristianismo, a pregação de Jesus fascinava, mas o seu amor libertava. A fraternidade liberta, evita traumas e transforma qualitativamente o mundo, a família e as pessoas. Deus os abençoe queridos, e que Ele nos ensine a cuidarmos uns dos outros.

(Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do HojeDiário.com)