PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

“Perto do fim”, por Marcelo Candido

A situação política do Presidente Jair Bolsonaro se deteriora a cada dia. E vai ficando pior à medida em que seus arroubos autoritários se tornam mais frequentes. Na condição de Presidente da República ele deveria apaziguar os ânimos, mas o que faz é exatamente o oposto, pois ataca e incita seus seguidores a atacarem as instituições do país, agravando ainda mais a já acentuada crise política.

As hordas bolsonaristas estão se mobilizando para que no dia 7 de setembro possam ocupar a avenida Paulista, em São Paulo, e a esplanada dos Ministérios, em Brasília. A ideia é concentrar principalmente nesses dois espaços públicos o máximo de pessoas, visando produzir imagens que possam demonstrar força e ajudar a tirar o Presidente das cordas. O fato é que sua imagem dificilmente será recuperada, pois os principais indicadores que impactam negativamente em sua avaliação parecem que não vão arrefecer. Pelo contrário. A tendência é que se agravem, como demonstram os preços dos combustíveis e os dos produtos da cesta-básica de alimentos, por exemplo. Quando a economia não reflete em melhorias perceptíveis no dia a dia das pessoas, raramente quem ocupa a presidência da república sai incólume.

Fossem apenas os indicadores econômicos, a situação do Presidente já seria bastante difícil. Porém, Bolsonaro não tem o que mostrar! Há mais de dois anos ele acusa a tudo e a todos de não o deixar governar. Recorre a uma retórica beligerante que só agudiza a crise política e social. A imagem do Brasil no exterior nunca foi tão ruim quanto agora, desde a saída do último general que ocupou o Palácio do Planalto durante o período da ditadura militar brasileira.

Todos esses fatos apontam para o processo eleitoral do ano que vem. Bolsonaro será capaz de se recuperar? Haverá tempo para que os dados da economia possam gerar um otimismo capaz de refletir na melhora da avaliação do Presidente? As pesquisas mais recentes apontam que qualquer um dos possíveis candidatos ao comando do país poderá derrotar o atual inquilino do palácio da Alvorada. Com a economia em frangalhos, a democracia sob ameaça e a avaliação do Presidente cada dia mais negativa, é possível vislumbrar um cenário de mudança que levará o Brasil a escolher um presidente que não seja o atual, pois este entrará para a história como a pior presença nunca antes sentida entre as paredes dos palácios em Brasília.

(Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do HojeDiário.com)