Essas duas últimas semanas eu me embeveci com tantas fotos de pés de ipês sendo postadas nas redes sociais.
Eu tenho uma paixão especial por essa flor, pois ela tem tantas cores e tantos tons de amarelo, rosa e lilás que me encantam sempre!
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O título deste texto de hoje é também um título de um livro da literatura brasileira – um livro de contos e um deles tem esse título também.
Mas o que traz ao tema hoje é a história de vida que o Ipê me traz. Eu tenho dois pés de ipê: um amarelo e um roxo. O segundo está bem, longe daqui, também numa cidade à beira do Rio Tietê e que também tem uma das mais lindas e tradicionais festas do Divino Espírito Santo, assim como Mogi das Cruzes. Esta cidade chama-se Anhembi, fica a pouco mais de 300 quilômetros de São Paulo, tem em torno de 20 mil habitantes e muitos pés de ipê.
Na minha opinião, essa árvore traz uma mensagem muito significativa: ela anuncia a primavera um mês antes. Ela mostra que mesmo depois do inverno, o mundo floresce!
Em agosto, quando todas as árvores estão derrubando suas folhas em tons marrom, quando o vento sacode e vai despindo as árvores, quando o calor e o frio se alternam em manhãs com neblina e dias quentes é que o ipê veste a mais linda túnica.
A beleza das copas floridas pelas ruas da cidade e pelos quintais dá um tom de alegria no inverno. O sol brilha intensamente frio neste período dando mais luminosidade às flores.
Uma vez perguntei ao meu pé de ipê: por que no inverno? Por que em agosto?
Ele me respondeu o seguinte:
– Se todas as pessoas soubessem florescer no inverno de suas vidas! Se os mais jovens entendessem o quanto o inverno pode ser promissor e criativo! Se todos soubessem que é no inverno da vida que a sabedoria desabrocha, vocês humanos não teriam tanto medo de envelhecer.
Depois disso eu fiquei pensando… pensando… e resolvi escrever este texto.
(Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do HojeDiário.com)