Incluindo o dia 12 de setembro, domingo, a última semana foi marcada pela realização de atos pró e contra o governo de Jair Bolsonaro. O maior deles foi organizado por aliados do Presidente e estimulado por este em todas as oportunidades que teve de mobilizar seus apoiadores para o dia 7 de setembro, dia da Independência do Brasil.
Em dois destes atos o Presidente esteve presente. Em Brasília e em São Paulo. Nesta cidade, o Chefe da Nação pregou ódio aos diferentes e defenestrou o Supremo Tribunal Federal – STF –, o representante maior do Poder Judiciário nacional. Não muito longe da av. Paulista, no Vale do Anhangabaú, no mesmo dia, houve o ato organizado por diferentes movimentos sociais, organizações sindicais e partidos políticos, intitulado “Grito dos Excluídos e Excluídas”, que ocorre no Brasil há quase três décadas. Nos dias que antecederam a ocorrência do “Grito”, até por conta da centralidade do ato, que teve o governo Bolsonaro como o responsável pelo aumento da exclusão no país, houve várias inciativas para que ele fosse proibido, mas seus organizadores foram a Justiça que, ao final, permitiu a realização desse movimento tão relevante para denunciar as condições de exclusão sociais tão gritantes no Brasil.
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Estes dois atos, os de Brasília e da capital Paulista, ocorreram sob a responsabilidade dos ditos segmentos de direita, enquanto o do Vale, organizados pela esquerda democrática. Ou seja, a clássica definição de opostos no espectro político, liderou os atos. No dia 12 de setembro, porém, aquilo que se convencionou chamar de terceira via na disputa política de 2022 organizou um ato na av. Paulista representando por forças antagônicas (MBL – PDT – Psol – PCdoB – PSDB etc.), que geraram imagens disformes, e que, no fundo, no fundo, menos do que desejarem pôr um fim ao governo Bolsonaro, buscam, da mesma forma, evitar o retorno do ex-presidente Lula, e oferecer ao eleitorado uma alternativa de poder liderada por uma força estranha aos dois principais candidatos à Presidência da República até o momento.
Ciro, PSDB (que terá prévias para definir seu candidato), Mandetta e outros estão entre os nomes postos no momento. O balanço destes três atos ocorridos ao longo dos últimos seis dias revela que a sociedade brasileira ainda viverá fortes emoções até que se abra uma clareira em meio à realidade, donde se possa vislumbrar o nome de quem governará o Brasil a partir de 2023.
(Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do HojeDiário.com)