Estamos a menos de um ano das eleições que acontecerão no país em 2022, quando vamos escolher quem ocupará a Presidência da República e também as pessoas que irão governar os Estados e o Distrito Federal. Além dessas escolhas, também o Senado passará por uma modificação dos mandatos de um terço de seus componentes e a Câmara Federal será recomposta para mais uma Legislatura. Cada uma das 27 Unidades Federativas (Estados e Distrito Federal) renovará sua Casa Legislativa.
Serão preservados das escolhas populares, apenas os mandatos de prefeitas e prefeitos municipais e das Câmaras de vereadoras e vereadores de todo o país, por haver sido definido seus componentes nas eleições de 2020, realizadas há pouco mais de um ano. Embora possa parecer familiar o povo fazer essas escolhas, o fato é que no Brasil, nossa experiência em escolher de forma direta nossas representações políticas é bastante limitada. O país em seus mais de cinco séculos tem pouca tradição democrática, fazendo da escolha direta de representantes, algo menos comum. Vivemos mais tempo sob regimes não democráticos do que sob regimes cujo sufrágio universal o caracterize.
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Além de tudo, no passado recente, apenas uma parcela da população tinha direito ao voto. É possível assegurar que nos tempos atuais, não há quem ocupe um mandato popular que não tenha sido submetido ou submetida ao voto universal. Parece comum e assim deve ser. Mas como nem sempre foi assim, vale ressaltar o valor que têm as eleições para o nosso país. Isso faz parte da democracia e precisa ser preservado como um direito inalienável. Cada voto deve ter o mesmo peso, não importando as diferenças que fazem da sociedade a teia de distinções que ela conforma.
Entretanto o direito ao voto faz de nós portadores dos destinos do país, e é com essa enorme responsabilidade que devemos ir às urnas no próximo mês de outubro. Minha expectativa é que possamos exercer de forma plena esse direito que nos torna iguais, pois cada voto tem o mesmo peso, embora saibamos que algumas variáveis concorrem para distorcer esse exercício intrínseco da democracia liberal representativa em que vivemos. Votar com consciência é também um grande passo para fazer do Brasil um país mais justo e democrático.
(Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do HojeDiario.com)