Vereadores de Mogi das Cruzes rejeitam a inclusão da Parada do Orgulho LGBTQIA+ no calendário do município

A Câmara dos Vereadores de Mogi das Cruzes rejeitou, em sessão realizada na última, o Projeto de Lei 116/2021 que incluía a Parada do Orgulho LGBTQIA+ no Calendário Turístico de Festividades do município.
Entre as justificativas do projeto estava a proposta de “criar um espaço de contribuição para cultura local e conscientizar a comunidade de temas como a homofobia, a transfobia, a discriminação, o preconceito e a violência a que estão expostos os cidadãos da População LGBT+ de nossa cidade”.

O texto é de autoria dos vereadores Inês Paz, Bi Gêmeos, Edson Santos, Zé Luiz, Marcelo Porfirio da Silva, Mauro Yokoyama, Iduigues Martins e Eduardo Ota.

A vereadora Inês Paz chegou a pedir que a votação fosse adiada para que a sessão contasse com a presença de Zé Luiz, mas teve seu requerimento negado.
“O que nós estamos discutindo aqui não é se Mogi vai ter Parada ou não. A Parada já está implementada. Nós estamos colocando aqui a inserção no calendário de Mogi das Cruzes, como tem outras atividades. Tem a Caminhada de Ogum, agora no dia 7 de maio, tem a Caminhada de Jesus, tem Encontro Nacional do Fusca no calendário de Mogi das Cruzes, tem a Festa do Divino e outras atividades”, afirmou.

O vereador Iduigues Martins também justificou o projeto de lei e disse que não haveria apoio do dinheiro público às paradas.
“O que esse parlamento está propondo, neste projeto de lei, é algo que a Prefeitura já apoia há anos. Já teve duas Paradas LGBT. Apoio que, eu digo, é institucional, não estrutural, porque quem bancou todos os gastos foi a comunidade LGBT. Então é fantasia falar que vai gastar dinheiro público”, disse Iduigues Martins.

O projeto, porém, foi rejeitado por 10 votos a 7 pelos parlamentares mogianos. Nas redes sociais, Iduigues se disse indignado com a decisão. “Como parte da comissão da autoria do projeto, fico profundamente indignado ao ver como muitos repudiam o preconceito racial, mas propagam o preconceito em relação à diversidade. Nenhum cidadão é obrigado a comparecer aos eventos sediados na cidade, porém impedir que ele seja incluso no calendário devido a um conceito pautado dentro de uma religião enquanto outras festividades têm aprovação para ocorrer não é apenas uma hipocrisia, mas também, uma injustiça de cunho preconceituoso visto que o Estado deve ser laico e defender qualquer tipo de manifestação”, escreveu.

O Fórum Mogiano LGBT também se manifestou nas redes sociais, falando que para a Câmara “LGBT bom é LGBT dentro do armário”.
O nosso Município encontra fundamento para viabilizar desde a Festa do Divido até a Marcha para Jesus, desde o Akimatsuri até o Encontro de Fuscas, desde a Festa em Louvor a Nossa Senhora da Piedade até o Encontro de Cachorros (entre outros eventos), todos oficialmente inseridos no Calendário Turístico do Município, mas sob a égide dos “bons costumes” LGBT bom é LGBT dentro do armário”, disse a nota.

“A Parada do Orgulho LGBT+ é uma manifestação que congrega pessoas em torno da celebração do amor e do respeito a diversidade! Grande parcela da população é LGBT+ ou simpatizante da causa. Atenção para as eleições municipais de 2024! É necessário expurgar do cenário político essa gente que confunde a bíblia com a constituição, só então teremos a garantia de desenvolver um debate público livre de interferências morais”, finalizou.

(Matéria com informações do portal Notícias de Mogi)

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