Um certo magistrado disse que internet deu voz aos imbecis. Somos todos imbecis com acesso a informações. Será?
Em 2001, eu estava numa conferência em Brasília, e o CEO da Microsoft no Brasil, na época, disse o seguinte: “Estamos na era da informação e do conhecimento.”
Falta-nos passar da era da Informação para a era do Conhecimento. Quem souber selecionar as informações corretas para tomar suas decisões, sairá da penumbra.
Existem hoje no mundo, muitos sites abertos para acesso à informação e ao conhecimento. O Google Acadêmico é um sistema de busca de, como o próprio nome diz, de produção acadêmica do mundo. Só para dar um exemplo, se colocarmos a expressão “direitos humanos” ele encontra, um milhão, novecentos e quarenta mil trabalhos acadêmicos, ou seja: artigos científicos publicados, trabalhos de mestrado, doutorado, de conclusão de curso. A maioria está com acesso aberto, ou seja, o interessado por abrir o trabalho e ler.
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Fiz a mesma busca com a mesma expressão em inglês, o idioma mais falado e escrito no mundo, e o resultado para “human rights” foi de três milhões, centro e quarenta mil trabalhos. Só a biblioteca digital das Nações Unidas, tem 93.164 documentos com essa expressão.
O site do domínio público, quem se interessar pode acessar obras completas de escritores brasileiros, como Machado de Assis e traduções incríveis, como a Divina Comédia de Dante.
A maioria esmagadora das universidades no Brasil e no mundo, têm seus repositórios de trabalhos acadêmicos.
Existem ainda, iniciativas de galerias e museus virtuais pela web, que são muito interessantes, como por exemplo, mostras do museu Madame Tussauds, um dos mais famosos com as esculturas de cera.
Ainda existem muitos aplicativos que têm podcasts interessantes, como o Spotify, por exemplo.
Há um sem-número de canais no YouTube com cursos que vão desde culinária até numerologia, passando por empreendedorismo, como melhorar as finanças e assim por diante.
Por falar em YouTube, “alguns imbecis” e seus canais, faturam muito dinheiro. Segundo o Canal Tech, o Cocomelon nursery rhymes, um canal para crianças, tem 120 milhões de inscritos e fatura entre 410 mil dólares a 6 milhões.
No Brasil, um canal infantil como a Galinha Pintadinha, com 28 milhões de inscritos, fatura entre 52,8 e 844,9 mil dólares.
O que eu quis mostrar neste texto é que: existem muitas instituições, muita gente que produz conteúdos maravilhosos na internet, basta saber garimpar. Quando se sabe o que quer, busca-se e encontra-se.
Parabéns a todos que têm a coragem de produzir conteúdo de qualidade!
(Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do HojeDiario.com)