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“Como sobreviver em meio ao caos da economia”, por Robinson Guedes

Um assunto que assusta muita gente hoje em dia, e que tem uma tendência a piorar nos próximos meses, é o manejo das rendas familiares e a forma como o dinheiro é usado para conseguir se manter com as contas em dia, sem faltar comida, remédios, roupas entre outros itens essenciais.

Por mais básico que pareça ser, é algo que tem causado tensões em muitos grupos familiares, que estão em uma sinuca de bico por não terem dinheiro o suficiente para se manter plenamente, o que leva a fazer pequenas dívidas em alguns lugares em troca de sobrevivência.

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgou a Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) referente ao mês de junho, onde aponta que 77,3% das famílias brasileiras estão com contas a vencer e entrando na faixa do endividamento. O índice é bem alto, em especial quando comparado com o mesmo mês do ano passado, quando foi de 69,7%.

O maior vilão do endividamento dessas famílias é o cartão de crédito. O levantamento mostra que o cartão representa 86,6%, seguido dos carnês, que têm 18,3% e o financiamento de carros com 10,8%. Em comparação com junho de 2021, quando a estatística apontava que 81,8% das pessoas tinham dívidas no cartão de crédito, houve um avanço muito grande, o que gera tensão e problemas financeiros para muitos núcleos familiares.

O maior problema é o cenário em que estamos, que é desfavorável para aqueles que têm uma renda menor e não conseguem lidar bem com aumentos dos preços. Com o litro do leite acima dos R$7, gasolina nas alturas e até o pão francês com preços altíssimos nos supermercados, muitos brasileiros têm recorrido ao cartão para garantir alimento o suficiente para todos que convivem juntos. No entanto, fica uma dívida com potencial de desestabilizar a família por um bom tempo.

Em meio a preços exorbitantes, não há muito o que possa ser feito para remediar a situação. Pesquisar preços e comprar os produtos em diferentes locais, selecionando o que é mais barato, é algo trabalhoso, mas efetivo, pois causa uma redução real nos gastos familiares.

Outra dica é não fazer grandes dívidas. Troca de carro, celular, assinatura de streamings, grandes mudanças nas peças do guarda-roupa, aquisição de novos eletrodomésticos ou móveis são custos que podem ser cortados em prol de uma economia geral, o que pode facilitar a compra de outros itens básicos.

Em tempos complicados, é preciso ter consciência, paciência e inteligência para não ser pego pelo endividamento. Um gasto que hoje pode parecer pequeno e sem sentido, amanhã pode virar uma bola de neve e atrapalhar muito o desenvolvimento das pessoas e o uso de seu dinheiro.

(Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do HojeDiario.com)