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“Como lidar com o endividamento familiar?”, por Robinson Guedes

A crise econômica é uma realidade e tem sido causadora de muitos problemas para boa parte da população. Desemprego, alta da inflação, combustíveis com valores exorbitantes e alimentos cada vez mais caros tem mexido profundamente com a rotina da população e a forma como as pessoas gastam o seu dinheiro. Sendo que para milhões, tem faltado o recurso para ter aquilo que é básico, como comida e remédios.

De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), 69% da população não consegue poupar dinheiro, sendo que 19% não consegue cobrir todas as despesas mensais, deixando dívidas em aberto para o outro mês. O CNI aponta que é um momento para a adequação do brasileiro a uma nova realidade, mas é preciso olhar a situação com calma para entender as motivações desse endividamento com as contas e despesas básicas.

A inflação teve uma tendência de alta nos últimos meses e é fator determinante na hora de fazer as compras do mês para a família. Para adquirir todos os alimentos da rotina, os grupos familiares têm gasto quase o dobro do que estão acostumados, por conta de valores muito altos de alguns produtos como leite, vegetais e frutas. Na última semana, o preço do queijo viralizou e chocou as redes sociais por ter sido visto pela bagatela de 60, 70, até mesmo 80 reais o quilo. Com a comida bem mais cara que o comum, boa parte da renda do brasileiro vai embora só para a família devidamente alimentada.

Além do quesito alimentação, os combustíveis também pesam na renda familiar mensal. Há meses a gasolina e o álcool tem sofrido com preços flutuantes que não favorecem em nada o consumidor. Pagar entre R$ 5 e R$ 6 reais no litro da gasolina faz com que qualquer saída com um veículo, mesmo que seja por necessidade como transporte até uma escola ou a ida a hospitais, seja encarecida. Ter o próprio carro deveria ser um sinônimo de conforto e comodidade, mas tem sido uma despesa muito maior que o esperado.

O custo de vida crescente não facilita para a população, que tem feito cortes constantes para manter uma vida digna. Ainda de acordo com o CNI, 60% das pessoas reduziram gastos com entretenimento, enquanto 58% tem deixado de comprar itens pessoais como roupas e calçados. Para além de produtos tidos como complementares como cultura e vestuário, a população também tem feito sacrifícios perigosos: 25% dos brasileiros reduziram ou deixaram de comprar remédios, uma prática que, dependendo do caso, pode ser a causa de um agravamento da situação de saúde.

A questão financeira das famílias e do Brasil como um todo é delicada e requer muito mais atenção. Não há solução fácil e rápida que vá garantir a comida na mesa, o dinheiro no bolso e o comércio lucrando. A melhor estratégia para o momento é se planejar, fazer cortes de gastos e tentar poupar ao máximo para não se prejudicar muito com o passar dos meses. Em tempos de crise é necessário ser criativo e não perder a fé de que dias melhores virão.

(Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do HojeDiario.com)