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“Expectativa x realidade: como se tornar advogado no Brasil?”, por Rebeka Assis

Apesar de não ouvirmos tanto essa frase atualmente, a advocacia ainda é uma profissão muito procurada na hora do vestibular. Para termos uma noção, a estimativa da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) nacional é que, em 2023, o Brasil tenha 2 milhões de advogados – o que é um número gigante considerando a advocacia em outros países. Porém, assim como toda profissão, ser advogado tem os seus desafios. Se essa é a sua vontade, confira algumas informações que você precisa saber antes de ingressar na profissão.

1 – Escolha um curso de Direito

Embora haja um enorme volume de cursos de Direito no Brasil – estima-se que somos o país com a maior quantidade de cursos no mundo –, vários não são certificados pelo Ministério da Educação (MEC), o que significa que não possuem a qualidade mínima necessária para formar um bacharel em Direito.

Além disso, estudantes formados em faculdades que não são credenciadas pelo MEC não podem prestar o Exame de Ordem (a famosa “prova da OAB”), o que os impede de se tornarem advogados.

2 – O estágio é fundamental

Durante o curso de Direito, é muito importante que o estudante faça algum estágio na área jurídica, para conhecer melhor a “vida prática” no Direito. Alguns tipos de vagas comuns são: estágios em fóruns, delegacias de polícia, escritórios de advocacia, defensorias públicas, entre outros.

Essa vivência permite ao estudante conhecer os desafios reais da carreira – o que é impossível conhecer apenas com as aulas – e entender o que deseja ou não para a sua futura rotina. Lembre-se: o curso de Direito e o estágio são os momentos ideais para errar e aprender a como resolver. São experiências do tipo que permitem “sofrer” menos na advocacia, especialmente no início.

3 – Todo advogado tem um número de OAB

Provavelmente você já ouviu falar que, no fim do curso de Direito, os estudantes precisam prestar o Exame de Ordem. Porém, o principal é: para se tornar um advogado, o estudante precisa ser aprovado na prova. Logo, se um estudante não presta a prova da OAB ou é reprovado e não a refaz, ele não pode advogar, o que inclui assumir processos, fazer audiências, atender clientes etc. Apesar das discussões que existem (e sempre existirão), o número de OAB é obrigatório para quem quer advogar, então se prepare para isso.

4 – O Exame de Ordem não é um bicho de sete cabeças

Já ouvi mais de uma vez que eu só penso assim porque já passei na prova, mas acredite quando digo que é totalmente possível passar na prova da OAB, inclusive sem cursinho (digo por experiência própria).

A verdade é que, assim como qualquer prova, é necessário ter foco e estudar. Porém, a parte mental pode derrubar qualquer candidato. Logo, se você estudar com comprometimento e sem neuras, estará mais calmo(a) no dia da prova. E isso pode determinar a sua aprovação.

5 – Tudo é pago

Se eu pudesse dar um conselho para a Rebeka do passado, seria “abre o olho, porque tudo é pago, rs”. Brincadeiras à parte, seja em uma faculdade pública ou particular, coloque na ponta do lápis os seus gastos com transporte/combustível, alimentação, xerox, livros e um curso ou outro. Porque sim, tudo isso pesa bastante no final do mês.

A inscrição no Exame da Ordem também é paga. Atualmente, o valor é R$ 295,00, mas ele sempre sofre reajustes. Além disso, os maiores gastos surgem após a aprovação. Para tirar a famosa “carteirinha”, os valores giram em torno de R$ 1.000,00 e R$ 1.200,00, entre a emissão e compra do certificado digital.

Por fim, mas não menos importante: todo advogado paga uma anuidade para a OAB, sendo possível o pagamento à vista ou dividir em até 12x. Advogados recém-formados possuem um desconto proporcional nos valores.

6 – Ser advogado de um escritório ou começar “por conta própria”?

Essa é uma pergunta que só você pode responder.

Contando um pouco da minha história, eu passei por dois grandes escritórios e duas parcerias, antes de empreender. Mas essa foi uma escolha minha. Em ambos os casos, há prós e contras. Para quem prefere advogar para escritórios, pode ser mais tranquilo por ser possível se dedicar exclusivamente à advocacia. Por outro lado, a remuneração sempre será “limitada”, diferente de quem abre o seu próprio negócio – seja um escritório físico ou digital.

Por outro lado, quem decide empreender precisa ter a consciência de que, muito provavelmente, trabalhará por mais tempo, já que, além de advogar, terá que ser “gerente de si mesmo”. Isso significa administrar a sua empresa, cuidar da parte financeira, fazer serviços externos etc. A vantagem principal é que os ganhos não são compartilhados com algum “chefe”.

Além disso, há outras hipóteses que só a vivência jurídica pode te apresentar, como os convênios com a Defensoria Pública e parcerias com outros colegas advogados. Em todo o caso, avalie a sua história, seus objetivos e necessidades. Isso te ajudará a decidir. Aproveito para desejar um feliz Dia dos Advogados – comemorado no dia 11/08 – para todos os amigos e colegas de profissão que se dedicam para defender o direito do próximo. Que essa data nos lembre o motivo de termos escolhido essa profissão.

E se você decidiu que quer se tornar um(a) advogado(a) e tem alguma dúvida, pode me enviar. Será um prazer te responder!

Gostou deste texto? Achou a linguagem bacana?
Então, não deixe de conferir mais artigos na minha coluna no “Hoje Diário”, com textos rápidos e direto ao ponto, sobre Direito do Trabalho, LGPD e Empreendedorismo. Para enviar dúvidas, sugestões e acompanhar dicas para você e sua empresa, basta seguir @rebeka__assis no Instagram ou acessar www.rebekaassis.com.br.
Ótimo dia e ótimo trabalho!

(Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do HojeDiario.com)