O candidato a deputado federal por São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), esteve em Suzano nesta quarta-feira (14), para participar de um ato de campanha, na Praça dos Expedicionários, na região central da cidade. Durante a ação, ele teceu críticas aos governos do PSDB em São Paulo e ao presidente Jair Bolsonaro, além de destacar a necessidade de eleger uma bancada progressista no Congresso. No local, o político também promoveu a candidatura de Fernando Haddad (PT) ao Governo do Estado e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República. Estiveram presentes o ex-prefeito Marcelo Cândido, representantes da Bancada Feminista, entre outros ativistas e militantes do PSOL.
“Sou da opinião de quem conhece a realidade e as necessidades de uma região são os moradores dela. Aparecer candidato de quatro em quatro e prometer um monte de coisas e depois desaparecer é fácil. Eu tenho aqui um grande aliado que conhece essa cidade melhor que ninguém que é Marcelo Candido. então qualquer iniciativa, se eu for eleito, será dialogada com Marcelo que conhece a necessidade a saúde e de investimentos na região”, disse Boulos ao HojeDiario.com ao ser questionado das demandas do Hospital Federal e do Hospital das Clínicas.
Durante sua fala, também criticou o governo de João Doria (PSDB) e disse que o último governo estadual passou os últimos três anos sem investir em São Paulo. “Os tucanos ficaram três anos no governo Doria e não fizeram nada, e não só para o Alto Tietê, não só para Suzano, mas não fizeram nada para o estado. E agora, na véspera das eleições, ficaram distribuindo pacote de bondade. Por que não tiraram as obras paradas do papel? O Governo Federal nem se fala. Temos que corrigir a tabela do SUS, nacionalmente, temos a demanda de mais recursos para hospitais federais como o daqui de Suzano. Você pode contar meu compromisso de lutar para mais recursos para a Saúde, para o Alto Tietê e para todo o estado de São Paulo”, continuou.
Boulos ainda falou sobre o que ele considera a necessidade de eleger uma bancada progressista e disse que isso o motivou a se candidatar a deputado federal e não disputar o Governo de São Paulo. “Esse é um momento muito grave da vida nacional. é um momento que devemos acabar com o pesadelo que é Bolsonaro, Brasil andou para trás nesses quatro anos. E não adianta apenas derrotar o Bolsonaro. Esse é o primeiro passo, e é por isso que eu estou com o Lula. Mas não adianta eleger o Lula e manter o Congresso Nacional como está. Vai continuar com a turma do Centrão com Orçamento Secreto e incapazes de reverter recursos para o serviço público. Quero ser deputado federal para construir uma grande bancada do campo progressistas. Tem que ter uma bancada do povo para ajudar a reconstruir o Brasil”, explicou.
Ao comentar a importância do Alto Tietê destacou a agriculta familiar presente na região e disse que como deputado deseja potencializar as qualidades da região, e tratar os problemas que a atingem. “O Alto Tietê é uma região muito populosa e convive com problemas que são muito presentes em todo o estado de São Paulo, como a desigualdade social. Aqui você tem uma grande força da agricultura familiar, muitas áreas verdes, e isso tem que ser potencializado. O papel de um governo da política não é inventar a roda, mas potencializar a vocação de cada região. O Alto Tietê tem uma vocação que pode ser ampliada para economia agrícola que geraria empregos e renda para a região que combateria a fome e a desigualdade e precisamos combater a deficiência do sistema público”, ressaltou.
Ao falar dos investimentos públicos, disse que gostaria de pautar as melhoras necessárias na educação e saúde. “Eu sou professor, sei o quanto o professor sofre no estado, nos municípios, com baixos salários, com falta de plano de carreira, precisamos pautar isso para melhorar a educação para os filhos de todos. Precisamos de uma educação pública melhor. Na saúde, é inadmissível que morra gente na fila do Pronto-Socorro, pessoas que demorem sete meses para agendar exame. Sucatearam o serviço público e não abrem mais serviços públicos. O SUS não paga bem. A tabela precisa ser reajustada para atrair mais profissionais, médicos, enfermeiros, técnicos para você desafogar o serviço. A briga que eu quero trazer para essa região e para São Paulo é melhorar os serviços públicos, garantir emprego e renda, e valorizar a vocação do Alto Tietê”, finalizou.
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