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“Zumbis” por Luci Bonini

A palavra zumbi vem de uma língua africana e significa espírito, duende ou alma ou deuses ou, ainda, fantasmas. Zumbi também é uma gíria utilizada quando as pessoas dizem que dormiram pouco durante a noite e estão com tanto sono que estão acordados, mas estão dormindo em pé, muito parecido com os mortos-vivos. Também são chamados de zumbis, as pessoas que têm um comportamento ou aparência de quem nunca está atento à realidade a sua volta, está sempre fora da sintonia do mundo real.

No Haiti há algumas crenças populares que afirmam que uma pessoa morta pode voltar a viver. Eles acreditam que nos rituais de Magia, conhecidos como Vodu, essas pessoas voltam para se vingar de alguém que lhes fez mal.

Tudo isso para fazer a comparação entre o conceito de zumbi como aparece nos filmes e nos desenhos com muitos seres humanos que vivem entre nós. Na cultura popular, os zumbis são conhecidos por não terem vontade própria.

O comportamento catatônico dos zumbis é muito parecido com aquelas pessoas que vivem sem pensar, sem refletir sobre a vida, sem ao menos despertar para a sua própria felicidade.

Na maioria das histórias de zumbis, eles são controlados por uma mente maligna que usando poções mágicas e drogas e se comportam como autômatos, fazendo tudo o mestre mandar.

Assim são algumas pessoas que agem sempre em função de alguns modismos que a mídia impõe, por exemplo: usam as mesmas roupas que a personagem principal da novela, fala e se comporta do mesmo jeito que personagem do vídeo game que joga sempre, tem sempre as mesmas opiniões que os jornais ou as redes de notícias.

São pessoas incapazes de terem opinião própria sobre o que lhes acontece ou que ocorre a sua volta. Sempre atribuem a sua má sorte à inveja, aos políticos, à vizinha invejosa e assim por diante.

A mesma coisa com as drogas: elas induzem a um estado de confusão mental e desconexão com a realidade, destroem todas as memórias recentes e a percepção temporal, transformando os usuários em zumbis e deixando-os inteiramente sujeitos à própria sorte.

Espero que esta moda de zumbis sirva para aprendermos com eles que não estamos aqui neste mundo de passagem, mas sim que devemos despertar da letargia que os governos, a mídia, as escolas e outras formas de controle nos impõem. É preciso despertar para além dos preconceitos e dos comportamentos enraizados que não fazem a sociedade evoluir.

(Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do HojeDiario.com)