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21 substâncias tóxicas são encontradas em papinhas de bebê; 50 amostras de alimentos comercializados em supermercados no Estado de São Paulo foram analisadas

Mais de 21 substâncias tóxicas foram encontradas em papinhas de bebê industrializadas, após uma pesquisa realizada por cientistas do Brasil e da Espanha. Os pesquisadores localizaram agrotóxicos, como fungicidas, inseticidas e herbicidas, além de toxinas causadas por fungos.

Para a realização do levantamento, foram analisadas 50 amostras de alimentos comercializados em supermercados no estado de São Paulo. A pesquisa foi divulgada na revista Food Control e contou com apoio da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).

Uma das engenheiras de alimentos que participou da pesquisa, Rafaela Prata, disse que 47% das papinhas com frutas apresentavam algum tipo de agrotóxico em sua composição. Quando foram analisadas comidas de bebês à base de carne e vegetais, o índice subiu para 85%.

Ela disse que as concentrações dos agrotóxicos identificados ficaram abaixo dos limites máximos estabelecidos pela legislação europeia em 2006. A pesquisa utilizou a lei da União Europeia uma vez que no Brasil não há uma legislação própria para limitar a concentração de resíduos de agrotóxicos em alimentos infantis.

Na Europa, só é permitido ter até 10 microgramas por quilo de alimento para diferentes agrotóxicos, mas dependendo da substância, é possível que o limite caia para 4 microgramas por quilo.

Segundo Prata, o máximo que existe no país são são monografias sobre agrotóxicos no site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que foram consultados pelos pesquisadores para ver em quais cultivos o uso de determinado produto é autorizado, bem como os limites máximos em alimentos. Ainda assim, ela disse que não havia nada sobre papinhas.

Ainda houve uma nova triagem para rastrear a presença de 2.424 outras substâncias que não foram buscada a princípio. Entre os compostos procurados estavam pesticidas, hormônios, medicamentos veterinários e seus metabólitos, criados depois que as substâncias entram em contato como o organismo humano.

A partir desta nova triagem, mais dez agrotóxicos e um metabólito sulfóxido de aldicarbe foram encontrados em três sabores diferentes de papinha: caldo de feijão, arroz e carne; legumes e carne; e abóbora, feijão preto e peito de frango.

Proibido no Brasil desde 2012, o aldicarbe era usado de forma ilegal como raticida e era conhecido popularmente como “chumbinho”. O toxicologista Daniel Junqueira Dorta, professor de química forense na Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto, disse que a substância se degrada facilmente no solo, não levando mais de três semanas, o que poderia apontar para um uso irregular do pesticida nas lavouras das matérias primas para a produção das papinhas.

Segundo Dorta, não poderia haver resíduo deste composto de jeito nenhum nas papinhas.

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