Nesta sexta-feira (03), o ano letivo nas escolas estaduais de São Paulo começou com ameaça de greve dos professores. A decisão de paralisação será discutida em uma assembleia marcada para 3 de março. Os professores estão insatisfeitos com uma nova regra de atribuição de aulas, instituída pela gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que prioriza aos docentes que optarem por uma carga horária de trabalho maior.
Essa mudança foi adotada para tentar resolver a falta crônica de professores nas escolas estaduais, mas é criticada pela presidente da Apeoesp (principal sindicato da categoria), deputada Maria Izabel Noronha (PT), que afirma que o problema da falta de professores em São Paulo ocorre por falta de concursos e pagamentos baixos, e não pode ser resolvido obrigando os professores a trabalharem mais.
Além disso, segundo a pesquisadora da Repu (Rede Escola Pública e Universidade) Andreza Barboza, essa mudança prejudica os professores mais experientes e não considera a qualidade do ensino. A solução para a falta de professores, segundo Barboza, é a valorização da carreira docente e não a imposição de jornadas de trabalho mais longas. A Secretaria de Educação afirma que o ano letivo começou com 100% das aulas disponíveis, nas mais de 5.300 escolas estaduais, e que a mudança na regra de atribuição de aulas foi fundamental para “resguardar do problema de falta de professores”.
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