“Chegou a hora de contratar o meu primeiro funcionário. E aí?”, por Rebeka Assis

Seis em cada 10 brasileiros têm o sonho de abrir a sua própria empresa. E não sou eu quem diz isso, viu?! A pesquisa “Global Entrepreneurship Monitor (GEM)”, realizada em uma parceria do Sebrae com a Anegepe – Associação Nacional de Estudos em Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas, identificou que ter um negócio para chamar de “seu” é o segundo maior desejo dos brasileiros, perdendo apenas para realizar uma viagem pelo país.

O percentual de futuros empreendedores cresceu, com relação a 2020 e 2021, onde foram registrados 59% e 46%, respectivamente. E com tantas pessoas desejando ou iniciando o seu próprio negócio, chega uma hora em que precisamos de uma mãozinha, certo?

E assim começa a expansão da sua empresa: com a contratação do primeiro funcionário.

Mas, apesar de não ser uma tarefa difícil, ela vem cercada de responsabilidades. Quer entender como fazer a sua primeira contratação? Continue a leitura!

Quando é a hora de contratar um funcionário?

Dizem que, com o nascimento de uma empresa, há o nascimento de um(a) empreendedor(a). E isso não deixa de ser verdade, já que muitas coisas só são aprendidas na prática.

Uma delas é entender a importância de delegar funções – o que impacta totalmente na decisão de contratar alguém. Você está próximo do seu primeiro “sim” empresarial quando nota que:

  • a demanda de clientes cresce;
  • a qualidade do atendimento está em risco;
  • a qualidade do produto fornecido/serviço prestado decaiu ou está para decair;
  • o tempo normalmente usado para tarefas já não é suficiente;
  • seu negócio precisa de melhorias mais “específicas”, o que depende de um profissional qualificado;
  • a parte administrativa ou burocrática te impede de focar nas necessidades do cliente;
  • sua vida pessoal está sendo prejudicada; entre outros.

O que devo saber antes de contratar?

Contratar um(a) funcionário é uma decisão importante, por isso questões financeiras e estruturais da sua empresa precisam estar bem definidos.

E mais do que isso: você precisa assumir o papel de gestor(a) do negócio.

Para te ajudar nessa tarefa, separe um tempo sozinho(a) e reflita sobre essas dúvidas:

  1. A contratação realmente é necessária ou eu preciso me organizar melhor?
  2. Quais problemas estou tendo atualmente e como essa contratação poderá ajudar?
  3. Preciso de um(a) profissional exclusivo(a) para a minha empresa ou é o caso de contratar um freelancer (como a criação de um e-commerce, por exemplo)?
  4. Caso a contratação seja CLT (com carteira assinada), quais valores – além do salário – tenho que arcar? (aqui, me refiro ao recolhimento de INSS, FGTS, vale-transporte; insalubridade, adicional noturno…)
  5. Quais prazos preciso atender? (como o prazo de cinco dias para fazer o registro em carteira – física ou digital); e
  6. Quais profissionais podem me ajudar nessa caminhada?

Nessa última questão, vale ressaltar a importância de uma assessoria jurídica e contábil, para garantir que todos os procedimentos sejam feitos conforme a lei.

Além disso…

É importante ter em mente que o simples ato de contratar não mudará as coisas de forma imediata.

Um processo seletivo bem-feito, com foco nas atividades que serão desenvolvidas, é um bom começo, mas o sucesso da nova contratação depende – e muito – do quanto a empresa está (ou não) organizada, bem como o tamanho da sua paciência para explicar e acompanhar os primeiros passos de quem está chegando agora.

A construção de uma empresa sólida depende do seu foco e resiliência. Aproveite a trilha rumo ao sucesso e se desenvolva durante esse processo, enquanto pessoa e empreendedor(a).

Bom trabalho e até semana que vem!

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(Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do HojeDiario.com)