A Secretaria de Saúde de Campinas, cidade do interior do estado de São Paulo, está investigando o sexto caso suspeito de febre maculosa na região em poucos dias. A informação foi divulgada na última quarta-feira (14). A paciente, uma residente de Hortolândia de 40 anos, apresentou sintomas da doença em 10 de junho e foi internada em um hospital privado. Semelhante a três outras vítimas, ela também participou de um evento em uma fazenda da região, em 27 de maio. O local está sendo investigado como uma possível área de disseminação da doença.
Já o quinto caso suspeito da doença envolve uma mulher de 38 anos. Ela participou de outro evento na mesma fazenda, o show do cantor Seu Jorge, em 3 de junho, e aguarda a confirmação do exame laboratorial.
No dia 8 de junho, três pessoas com exames confirmados para febre maculosa morreram após apresentarem sintomas da doença, incluindo febre, dor e erupções vermelhas na pele. Entre as vítimas estavam a professora universitária Evelyn Santos de 28 anos; a dentista Mariana Giordano de 36 anos; e o piloto e empresário Douglas Costa de 42 anos.
Para prevenir e controlar a febre maculosa, o Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) de Campinas está realizando uma série de ações. Os proprietários da fazenda onde ocorreu o evento foram notificados sobre os riscos da doença e a Devisa planeja realizar uma pesquisa para verificar a infestação de carrapatos na área nos próximos dias.
No Brasil, a febre maculosa é comumente transmitida pelo carrapato-estrela (A. sculptum), vetor da bactéria do gênero Rickettsia. Esta é uma doença grave que pode debilitar rapidamente e levar à morte.
Os principais sintomas da febre maculosa incluem febre, dor de cabeça intensa, náuseas e vômitos, diarreia e dor abdominal, dor muscular constante, inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e na sola dos pés, gangrena nos dedos e orelhas e paralisia dos membros. As manchas vermelhas também podem aparecer nos pulsos e tornozelos e podem aumentar em direção às palmas das mãos, braços ou solas dos pés.
