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Onça prenha é flagrada no Parque das Neblinas, em Mogi das Cruzes

Uma puma-concolor, popularmente conhecida como onça-parda, foi avistada pela segunda vez no Parque das Neblinas, em Mogi das Cruzes.
Com as imagens coletadas recentemente, por câmeras-trap-armadilhas fotográficas monitoradas e manuseadas por guarda-parques, é possível ver o animal andando com tranquilidade pela floresta com a barriga salientada.

O Parque é uma reserva de sete mil hectares de Mata Atlântica em diferentes estágios de regeneração e é gerida pelo Instituto Ecofuturo.
Segundo a Unidade de Conservação (UC) Parque das Neblinas, o equipamento já registrou a espécie anteriormente em diversas situações: acompanhada por dois filhotes, marcando território, vocalizando e até em interação com morcegos.

Consideradas essenciais para a vivência da espécie, as UCs são essenciais na conservação do habitat e ecossistemas, protegendo a biodiversidade e oferecendo as condições necessárias para sua reprodução.
Segundo o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), o Brasil conta atualmente com um total de 2.446 UCs, entre unidades de nível federal, estadual e municipal, que cobrem cerca de 18% do território continental do país e 26% das áreas marinhas.

A gestação da onça-parda ocorre a cada dois anos e tem uma duração que varia entre 80 e 100 dias. Rodrigo Nobre é o Mastozoólogo e especialista em Médios e Grandes Mamíferos que confirmou a prenhez do felino.

O Parque das Neblinas tem cumprido seu papel de minimizar os impactos antrópicos, compor de forma relevante um dos maiores maciços de Mata Atlântica remanescente”, salienta Nobre.
Silvestres suçuarana, como também é conhecida, pode gerar até seis filhotes, embora o mais comum sejam apenas dois. A puma-concolor é mamífero e o segundo maior felino das Américas.

De acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio), a onça-parda é classificada como Vulnerável (VU) por estimar-se haver apenas 1 mil indivíduos. A caça ilegal, a destruição de habitat e a ocupação desordenada estão entre as principais ameaças.
A onça-parda precisa de um amplo território para habitar, por isso, essa diversidade de registros é um indicativo de que a espécie encontra no Parque um ambiente adequado para sua circulação e reprodução. Proteger a biodiversidade e contribuir para sua conservação é um dos objetivos do Ecofuturo, que atua em parceria com a Suzano e com universidades para fortalecer o monitoramento e a identificação de espécies na reserva, e apoiar o desenvolvimento de pesquisas”, afirma Paulo Groke, diretor do Instituto.

Encontrar indivíduos que demonstrem que os processo reprodutivos estão funcionando na localidade, especialmente para predadores do topo de cadeia trófica, reforça a indicação de que o habitat supre com recursos fundamentais alguns indivíduos da espécie, que é bastante exigente em área para sobreviver”, disse.
Também já foram flagrados no local outros animais como gambá-de-orelha-preta, o gato-mourisco e a anta. A instalação e manuseio dos equipamentos são realizados pela equipe de guarda-parques do Ecofuturo.