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“Pelas Meninas”, por Luci Bonini

No último dia 11 foi celebrado o Dia Internacional das Meninas, e por isso meu texto vai em homenagem a elas.

Em 2011, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em 2011, reconhecendo a importância de promover os direitos das meninas, estabeleceu o dia 11 de outubro como um dia para pensar no futuro dessas meninas.

Eu gostaria de levar à reflexão a vida de uma delas, que comoveu o mundo em tempos recentes: Malala Yousazfzai. Desde muito pequena ela tinha o sonho de estudar, e seu pai um diretor de escola a incentivou.

Em 2007, quando Malala tinha dez anos de idade, a situação no Vale do Swat mudou rapidamente para sua família e comunidade. O Talibã começou a controlar a região onde ela vivia e de acordo com o posicionamento político desse grupo, as meninas eram proibidas de frequentar a escola, e atividades culturais como dançar, assistir televisão e se divertir. Em pouco mais de um ano, o Talibã destruiu quase 500 escolas, impedindo assim o direito de as meninas frequentarem as escolas.

Malala, incentivada pelo seu pai, começou a lutar pelo direito das mulheres de ter acesso à Educação e a fazer críticas na televisão sobre essa postura e não demorou que o ódio de seus opositores. Ela criou um blog onde podia escrever sobre o regime e seu sonho de ir à escola.

Sua luta ficou reconhecida mundialmente, ela foi nomeada para o Prêmio Nacional da Paz da Juventude do Paquistão em 2011. Em 9 de outubro de 2012, Malala, logo depois de completar 15 anos, sofreu um atentado. Ela foi baleada pelo Talibã.

Ela foi levada às pressas para a Inglaterra, onde depois de várias cirurgias e tratamento intensivo, sobreviveu e continuou sua luta. Lá ela estudou, concluiu ensino superior, concluiu o mestrado e continuou na sua luta pelas meninas. Em 2014 ela recebeu o Prêmio Nobel da Paz.

Atualmente, ela administra o Fundo Malala, uma organização que auxilia meninas a alcançar seu potencial e se tornarem líderes confiante. Atualmente ela reside em Birmingham, na Inglaterra, e se mantém como uma defensora ativa da educação como um direito social e econômico fundamental.

Antes de concluir essa sofrida trajetória, esse exemplo de resiliência, eu gostaria de refletir sobre as meninas na educação no Brasil e os números não são favoráveis, embora as pesquisas remontem a 2018. Segundo o IBGE estão fora da escola apenas 2% das meninas de 5 a 9 anos e, 1% das entre 10 a 14 anos. O problema muda bastante elas estão entre 15 a 17 anos: 15% dessas meninas estão fora da escola.

Vamos repensar a educação de meninas?

(Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do HojeDiario.com)