Os cartórios brasileiros registraram em 2023 um número recorde de pessoas que alteraram seu gênero no registro civil. Foram contabilizadas 3.908 mudanças de gênero, sendo que 94% dessas pessoas também adotaram novos nomes. Esta é a maior quantidade de alterações de gênero em cinco anos no Brasil.
Desde a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) em 2018, que permite a troca de gênero sem necessidade de autorização judicial ou cirurgia de redesignação de sexo, observou-se um aumento significativo nas demandas por essa mudança nos cartórios. O crescimento foi de 246% em relação aos anos anteriores.
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Segundo a Arpen-Brasil (Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais), desde a implementação da norma, 15.145 pessoas mudaram seus prenomes. Dessas, 5.733 o fizeram em 2022 e 9.412 em 2023.
Após uma queda no primeiro ano da pandemia do coronavírus (Covid-19) em 2020, com 1.283 mudanças, os números aumentaram progressivamente, chegando a 3.165 em 2022.
Os dados de 2023 revelam que houve mais transições de gênero masculino para feminino (2.169) do que de feminino para masculino (1.512). Em todos esses casos, houve também a troca de nome. Além disso, foram registradas 227 mudanças de gênero em que os indivíduos mantiveram seus nomes de nascimento.