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Em 2023, Suzano teve aumento de 73% nos casos de dengue; Prefeitura realiza visitas e implanta estratégia inovadora para diminuir doença

A cidade de Suzano registrou um aumento de 73% nos casos de dengue em 2023. Foram 780 infectados pela doença no último ano, enquanto em 2022, o município registrou 450.
Em 2024, até o momento, foram 72 casos.
Apesar dos altos índices, não houve nenhum óbito pela doença registrada na cidade.

As taxas ficaram bem mais altas que os índices do estado de São Paulo, que, segundo a Secretaria Estadual de Saúde, teve uma queda de 3,6%, apesar dos 320 mil casos e 287 mortes.

Numa visão geral do Brasil, os casos de dengue aumentaram 15,8%, segundo o Ministério da Saúde. As ocorrências passaram de 1,3 milhão em 2022 para 1,6 milhão este último ano. Já a taxa de letalidade ficou em 0,07% nos dois anos, somando 1.053 mortes confirmadas, em 2023, e 999 no ano passado.

Medidas da Prefeitura de Suzano

A Prefeitura de Suzano, porém, tem tomado diversas medidas para impedir o crescimento do número de casos neste novo ano. Entre as ações promovidas pelo Setor de Controle de Zoonoses estão orientações casa a casa dos munícipes, vistoria em locais estratégicos, como ferros-velhos, depósitos, oficinas, borracharias e bloqueios de criadouros do mosquito Aedes Aegypti quando há suspeita de casos de dengue.

Nestes locais, os agentes verificam cobertura e vedação de recipientes, fazem aplicação de areia em pratos de plantas e orientam sobre armazenamento e descarte adequado de pneus, garrafas, entulho e lixo. Vale lembrar que também ocorre a distribuição de repelentes para os infectados cuja notificação é registrada em tempo hábil.

A administração também pretende implantar, a partir de fevereiro, o projeto pioneiro “Aedes do Bem” em 30 pontos do município, em parceria com a empresa de biotecnologia avançada Oxitec, por meio da Prime Soluções Ambientais.
A ação é um estudo da Universidade de Oxford, no Reino Unido, que tem como premissa reduzir consideravelmente na cidade a quantidade de mosquitos fêmeas que transmitem doenças como dengue, zika, chikungunya e febre-amarela, utilizando mosquitos machos modificados geneticamente, que não transmitem a doença, para reduzir a população dos mosquitos.

Utilizando mosquitos machos modificados, que não picam nem transmitem doenças, o projeto da gigante britânica reduz a quantidade de fêmeas responsáveis por transmitir doenças por meio do acasalamento. Os “insetos do bem” iniciam uma procura pelas fêmeas e, após o cruzamento, os machos herdam a característica autolimitante.
Por sua vez, as fêmeas não conseguem atingir a fase adulta. O resultado é a diminuição na quantidade de mosquitos que transmitem doenças e, consequentemente, o controle populacional na região tratada.

Cuidados necessários

Apesar da expectativa da disponibilização da vacina contra dengue pelo Sistema Único de Saúde (SUS), através do Ministério da Saúde, é importante ressaltar como se prevenir contra a doença e outras doenças como chikungunya e zika.

Para isso, é necessário reduzir a infestação de mosquitos por meio da eliminação de possíveis criadouros, como locais e reservatórios que podem acumular água. Eles devem sempre permanecer cobertos com telas, capas ou tampas, impedindo a postura de ovos do mosquito Aedes aegypti.

Medidas de proteção individual para evitar picadas de mosquitos devem ser adotadas por viajantes e residentes em áreas de transmissão também, como repelentes e atenção aos locais de possível contaminação, principalmente durante o dia, já que é o momento em que o mosquito costuma picar.