Em tempos de festas juninas, que tal relembrar um pouco das bandeirinhas. As festas juninas vieram de tradições portuguesas, foram adaptadas ao “paladar” brasileiro e fazem deste mês em que se inicia o inverno, um tempo muito agradável com as fogueiras e as quadrilhas.
As fogueiras sempre foram usadas em diferentes festas e em diferentes povos. A fogueira é símbolo de alegria e de tristeza, pois em muitas celebrações na cultura celta e na cultura greco-romana, por exemplo, as fogueiras sinalizavam as festas, e em alguns lugares do mundo ela simboliza a morte, pois algumas civilizações antigas cremavam os corpos de seus entes queridos, mesmo assim celebravam a vida eterna.
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As quadrilhas são danças que se diferem entre as diferentes regiões do país, mas todas elas têm seus trajes característicos, muito coloridos e até um casal de noivos, em alguns lugares, ajudam a alegrar a festa. Sabe-se que em Portugal, nas festas em homenagem a Santo Antônio, os casamentos acontecem de verdade. Muitas festas, são inclusive, patrocinadas pela comunidade que realiza os festejos, e os noivos aproveitam a alegria, as comilanças e os diferentes eventos para celebrarem a união.
E as bandeirinhas… essas não podem faltar numa festa junina. Aliás em muitas outras festas brasileiras, as bandeirinhas estão presentes.
Reza a lenda que as bandeirolas ou bandeirinhas eram bem maiores, tinham estampadas as imagens dos santos padroeiros a fim de homenageá-los. As imagens eram lavadas, isso mesmo, mergulhadas em água, simbolizando a lavagem dos santos. Essas bandeiras, com a água pingando, era passada sobre as cabeças das pessoas que acreditavam que essa água que escorria das imagens, purificava o corpo e a alma.
As bandeiras acabaram diminuindo, hoje não trazem mais as imagens dos santos, mas não faltam num arraial bem esfuziante. Afinal as festas juninas são bem mais longas que o carnaval em alguns lugares do Brasil, veja-se por exemplo na Paraíba.
Mas enfim, as bandeirinhas são um símbolo tão forte de nossa cultura que ficaram imortalizadas na obra de Alfredo Volpi, um artista italiano, que morou na cidade de Mogi das Cruzes um tempo de sua vida e, em cuja extensa obra, encontram-se uma série de quadros em que ele usa as bandeirinhas como motivo de sua arte.
Viva Santo Antônio, São João e São Pedro!!!
(Este texto não reflete, necessáriamente, a opinião do HojeDiário.com)