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“No domínio do medo”, por Luci Bonini

Ao longo da minha vida, tenho refletido muito sobre o domínio do medo. Já escrevi sobre isso tempos atrás, mas volto a refletir, em virtude do que tenho visto nas redes sociais.

Existem exemplos reais e exemplos imaginários. Alguns são aterradores, mesmo assim, são usados indistintamente com alterações de rostos de locais. Atualmente o acesso à produção de vídeos e efeitos especiais se espalhou entre pessoas comuns, em parte isso é bom, pois é uma forma de termos acesso às novas tecnologias por outro, as mentes perversas criam vídeos que alimentam o medo da população incauta

Entre os exemplos que vi, estão vídeos que anunciam a terceira guerra mundial, que anunciam que o nível do mar vai subir e engolir cidades, que o mais poderoso vulcão do planeta vai explodir e levar a América do Norte ao apocalipse, que os extraterrestres vão chegar em massa e subjugar os terráqueos… Isso só para enumerar alguns.

Eu tenho, ao longo da minha vida, desenvolvido o hábito de ler publicações científicas de vários lugares do mundo, e vejo que resultados de pesquisas vem trazendo inúmeros benefícios para a natureza e para os seres humanos. Medicamentos, tratamentos, modos de buscar formas de mitigar as ameaças do clima, desenvolvimento de materiais reciclados para moradia de interesse social, para criar tecidos e reaproveitar o plástico que se joga no lixo.

Aqui mesmo nessa coluna, eu já dei inúmero exemplos de coisas boas que a ciência descobre e coloca no nosso dia a dia, por isso me pergunto: por que tanto pessimismo em relação ao futuro do planeta? Por que implantar na mente da população o medo do apocalipse?

Já não chegam as tragédias naturais que ocorrem como inundações, terremotos, furacões, querem ainda que tenhamos mais?

Bem, tudo isso para dizer que deixei de seguir qualquer perfil em rede social que implante o medo: da guerra, da violência contra seres humanos e contra a natureza, de fofocas e distorções de retóricas para beneficiar-se a eles mesmos ou os poderes políticos.

Estamos num tempo em que o otimismo deve ser objeto de prateleira que ninguém mais quer usar ou ter em casa. Eu, de minha convicção, vou em frente com otimismo e dedicação a fazer o ótimo nos limites da minha vida e do meu parco conhecimento que tenho dela.

Otimista é aquele que faz o ótimo… pense nisso!

(Este texto não reflete, necessáriamente, a opinião do Portal HojeDiario.com)