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“Empresas familiares: tem como dar certo?”, por Rebeka Assis

Montar uma empresa em família é um desafio, sem dúvidas, mas com profissionalismo e dedicação, pode valer muito a pena.

Arrisco-me a dizer que, durante o meu tempo de advocacia, a situação que mais presenciei foi a das chamadas “empresas familiares”. E existe uma grande possibilidade de você, querido(a) leitor(a), conhecer uma empresa assim ou até fazer parte de uma.

Isso acontece porque é comum buscarmos alianças com pessoas que admiramos e confiamos, e geralmente encontramos essas qualidades em nossa família.

Porém, o que pode facilitar por um lado também pode dificultar por outro, afinal nem sempre é simples resolver um problema de trabalho e, após o horário comercial, jantar com a mesma pessoa que o ocasionou.

Por essas e outras, esse texto traz algumas dicas para afastar o espírito “amador” da empresa e trazer equilíbrio e profissionalismo a um ambiente de trabalho repleto de parentes.

Se este é o seu caso, então já sabe: bora continuar a leitura!

Conceito de empresa familiar

Em resumo, qualquer empresa em que há mais de uma pessoa da mesma família responsável por sua origem e funcionamento pode ser considerada como familiar. Na prática, é um negócio que surge dentro de uma família, tendo um ou alguns parentes como administradores do negócio e um ou alguns como colaboradores.

Esse é um tipo de empresa muito comum de encontrarmos por aí. Se pararmos pra pensar, quantas padarias, restaurantes, lojas e escritórios que conhecemos são formados por famílias, certo?

Contudo, não é fácil gerir uma empresa – que depende de regras e metas – quando há o risco das situações (e consequentemente, os sentimentos) se embolarem totalmente.

Um exemplo simples é o de um restaurante, onde um irmão precisa corrigir a forma que o outro atendeu um cliente. Qual tipo de atrito pode sair disso? Há o risco de afetar a vida pessoal e esses irmãos se distanciarem?

Como essas dúvidas podem afetar diretamente a harmonia da família e o funcionamento da empresa, confira três dicas para te ajudar a superar esses problemas.

  • Quem faz o quê (e como)

    Primeiramente, é indispensável que todos os funcionários – parentes ou não – sejam tratados de forma igual e justa. Pode parecer utópico, mas uma vez que um sobrinho tem privilégios por ser “da família”, a sua empresa abre um precedente quase impossível de voltar atrás: faz com que outros funcionários (até mesmo os da família) se sintam desvalorizados e percam a vontade de fazer o seu melhor.

    Superada essa etapa, faça com que cada membro da família tenha total clareza sobre as suas atribuições e responsabilidades. Isso ajuda a evitar situações como “a culpa foi dele(a)”.

    • Transparência dentro de casa e da empresa

    É importante que as pessoas se sintam confortáveis para expressar suas sugestões e preocupações profissionais, sem terem medo de serem ignoradas no almoço de domingo.

    Para isso, a empresa precisa desenvolver uma cultura de transparência, permitindo que os colaboradores compartilhem ideias e, igualmente, convivam bem com os feedbacks, tanto sobre as sugestões quanto sobre as suas atividades diárias.

    Se você percebe que há um clima de resistência para falar sobre problemas no trabalho, uma opção é realizar reuniões periódicas, em grupo ou individuais, buscando proporcionar um espaço no qual a pessoa se sinta segura para expor opiniões.

    • Separação é fundamental

    É impossível uma empresa familiar ter sucesso se os seus integrantes levam críticas ou orientações “para o pessoal”.

    Além disso, lembra da sugestão sobre definir bem as atribuições e responsabilidades? Pois bem. Isso também ajuda a evitar que as pessoas ultrapassem os limites profissionais e tentem interferir no gerenciamento do negócio.

    Já para a rotina da empresa, uma ótima opção para profissionalizar o negócio é investir no desenvolvimento profissional das pessoas da família, com treinamentos, por exemplo. Isso fará com que a pessoa se sinta segura para exercer suas funções e resolver possíveis erros, sem se preocupar com um abalo na convivência familiar.

    Por fim, analise se não é o caso de contratar outros profissionais “de fora” para cargos específicos. Assim, você reduz o risco de conflitos de interesses.

    E isso é tudo, pessoal! Mentira, é só a ponta de uma montanha de sugestões que podem facilitar a convivência pessoal e profissional com as pessoas que você ama.

    Se você tem mais alguma dica importante, compartilhe com seus colegas empreendedores, nos comentários ou envie uma mensagem no meu Instagram!

    Ótimo trabalho e até semana que vem!

    (Este texto não reflete, necessáriamente, a opinião do Portal HojeDiário.com).