O aumento de diagnósticos de câncer no Brasil é uma preocupação para toda a sociedade, exigindo esforços do Ministério da Saúde, criação de políticas públicas, ações dos estados e municípios e uma profunda mobilização nacional de prevenção.
Dados divulgados pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), estimam que até 2025, o Brasil ultrapassará a marca de 2 milhões de diagnósticos de câncer, sendo um número demasiado preocupante.
Tenho falado bastante sobre a necessidade de uma profunda mobilização nacional de prevenção aos fatores de risco, acompanhada da ampliação de campanhas de conscientização da população.
Atualmente, o Sistema Público de Saúde (SUS) oferece exames de rastreio para diversos tipos de câncer, com destaque para detecção de tumores na mama e próstata, para os demais tipos, insisto na necessidade de evitar os fatores de risco, somado ao acompanhamento médico de rotina e realização de exames.
O câncer tem uma grande chance de cura quando o diagnóstico é realizado de modo precoce. Quanto mais cedo o diagnóstico é confirmado, mais eficaz é o tratamento.
Sobre os tipos de tratamento contra o câncer, eles são múltiplos, podemos dividi-los em cinco áreas, desde o tratamento com quimioterapia, radioterapia, cirurgias, imunoterapia e terapia-alvo.
Sobre o tratamento com a quimioterapia, é utilizado drogas denominadas de citotóxicas, que causam a morte das células tumorais que crescem rapidamente, em consequência, os efeitos colaterais mais comuns são a queda capilar, vômitos e anemia. Outro tratamento comum é a radioterapia, nestes casos utiliza-se a radiação localizada, mas não em todo o corpo do paciente, mas sim em locais específicos, o objetivo também é a destruição das células cancerígenas; a radioterapia é aplicada em um local específico do corpo, por exemplo, um local específico da mama, da coluna, do estômago, da próstata. Seus efeitos colaterais são geralmente associados à localização da radiação, como queimação e/ou irritação local da pele e alteração da textura da pela.
Outro tratamento comum contra o câncer é o procedimento cirúrgico, com as inovações na medicina, esse procedimento tem se tornado cada vez menos invasivo e mutilante, o que contribuí sobremaneira para a qualidade de vida dos pacientes.
A imunoterapia é o tratamento que consiste em deixar a doença visível para o sistema imune, para que ele próprio elimine a doença, desse modo, há menor toxicidade efeitos colaterais, entretanto, não é indicado para todos os tipos de câncer, mas sim, apenas aos tumores que apresentam condições de bloqueio ao sistema imunológico. Esse tipo de procedimento tem apresentado respostas positivas no tratamento ao câncer de pele não melanoma e melanoma, pulmão, rim, linfoma, por exemplo.
Por fim, outro tipo de tratamento contra o câncer é denominado de terapia-alvo, cujo objetivo consiste na utilização de drogas ou outras substâncias para atuar especificamente nas células cancerígenas, impedindo também sua multiplicação e atuação em células saudáveis.
O tipo de tratamento para cada tipo de câncer depende de uma série de circunstâncias, daí a necessidade do diagnóstico precoce e acompanhamento especializado.
Os avanços na medicina têm contribuído significativamente para tratamentos cada vez menos invasivos e redução dos efeitos colaterais, objetivando a cura, melhor resposta ao tratamento e manutenção da qualidade de vida dos pacientes.
De todo o modo, mais uma vez, insisto na urgência dos exames de rastreio e evitar os fatores de risco.
(Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal HojeDiario.com).