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“Dia Internacional da Mulher”, por Luci Bonini

Escrevo este texto para enviar a todas as mulheres que conheço, que já conheci e que ainda vou conhecer…
E para relembrar alguns dados importantes, até porque o reconhecimento de que somos seres humanos é recente, vamos ver um pouco de história. O Dia Internacional da Mulher tem raízes profundas nas lutas por direitos trabalhistas, igualdade de gênero e justiça social.

Entre 1908-1909, nos Estados Unidos, trabalhadoras do setor têxtil organizaram greves e protestos por melhores condições de trabalho, redução da jornada e direito ao voto. Alguém fechou a fábrica onde essas mulheres trabalhavam em colocaram fogo. Esse incêndio em Nova York matou 146 pessoas, a maioria mulheres imigrantes. Em 1910, na Conferência Internacional de Mulheres Socialistas, em Copenhague, a alemã Clara Zetkin propôs a criação de um dia anual de luta pelos direitos das mulheres, sem data fixa inicialmente e finalmente, em 1917, na Rússia, em 8 de março, mulheres trabalhadoras protestaram contra a fome, a guerra e o czarismo, deflagrando uma revolução e consolidando a data como símbolo de resistência.

Daí em diante essa data se tornou um marco em 1945, a Carta das Nações Unidas reconheceu a igualdade de gênero como princípio, mas o 8 de março só ganhou caráter global em 1975, quando a ONU oficializou o 8 de março como o Dia Internacional da Mulher, vinculando-o à luta por direitos políticos, trabalhistas e contra a discriminação.

Atualmente há ainda muito que fazer… apesar dos direitos conquistados, aqui no Brasil, tais como: ampliação do acesso à educação – cotas de gênero em parlamentos-; reconhecimento de direitos reprodutivos e combate à violência doméstica, destaco aqui a Lei Maria da Penha de 2006.

No exterior, tivemos movimentos como o MeToo, em 2017 em que denúncias globais de assédio sexual vieram à tona, o movimento NiUnaMenos, na Argentina em 2015, e protestos contra feminicídios, ecoados em toda a América Latina entre outros movimentos. Embora tenhamos caminhado bastante, há desafios persistentes tais como a sub-representação política, a desigualdade econômica e a violência de gênero.

Esta última me fez chorar essa semana quando acompanhei o caso da adolescente Vitória, fiquei estarrecida com a violência sofrida por ela e como a mídia tratou o caso, por isso, nesse sentido deixo aqui minha indignação: “para que as mulheres possam encontrar o respeito, a igualdade e seu verdadeiro lugar no mundo é preciso educar os homens”. É inimaginável um jovem, se realmente for provado isso, por vingança fazer o que fez!

Que Deus acolha sua alma, Vitória, e que seu nome não seja esquecido na luta contra a violência contra as mulheres!!!

(Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal HojeDiario.com).