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“A Páscoa de um Papa”, por Padre Claudio Taciano

No dia 21 de abril de 2025, finda a celebração da Semana Santa, no Ano Jubilar e em pleno Tempo Pascal, a Igreja e o mundo foram tomados por uma comoção sagrada: o retorno à Casa do Pai de Sua Santidade, o Papa Francisco, aos 88 anos de idade. O 266º Sucessor de Pedro encerrou sua missão terrena após uma vida entregue com humildade, coragem e amor ao Evangelho.
Em um gesto profundamente simbólico, no derradeiro dia de sua vida, mesmo enfraquecido pelo peso da cruz que carregava em seu corpo, o Santo Padre ainda se elevou em espírito para conceder a bênção Urbi et Orbi — à cidade de Roma e ao mundo inteiro. Como que em um último sopro profético, suas palavras pareciam dizer: “Aqui concluo o pastoreio que me foi confiado. Agora, o Bom Pastor suscitará aquele que continuará a conduzir o rebanho.”

O Senhor, em Sua sabedoria infinita, não o chamou na dor da Sexta-feira da Paixão, mas sim na luz da Páscoa, como a indicar que a morte não é o fim, mas a passagem para a plenitude da Vida. Deus, que é onipotente e cheio de misericórdia, se serve de instrumentos frágeis para realizar obras eternas. Em tudo, é Ele o verdadeiro protagonista da história da salvação. A nós, cabe a confiança, a oração e a entrega.

A vida do Papa Francisco foi um reflexo visível da ternura de Deus. Sua simplicidade evangélica e ousadia profética tocaram corações em todos os cantos do mundo — não apenas entre os filhos da Igreja Católica, mas também entre irmãos de outras tradições religiosas. Com palavras e gestos, ele apontava sempre para Cristo, o Bom Pastor, a fonte e modelo de todo ministério pastoral.

A Deus ninguém jamais viu, mas Cristo Jesus sim!, seu amor se revela nos sinais dos tempos, na carne da história, na vida dos santos e dos que O seguem com fidelidade. O Papa Francisco foi para o mundo um sinal dessa presença viva. Agora, em oração, entregamos sua alma à misericórdia divina e, com esperança renovada, abrimo-nos às surpresas do Espírito Santo.

Que Maria, Mãe da Igreja, o acolha em seu regaço. E que o mesmo Espírito que guiou Pedro e Francisco continue a conduzir a barca de Pedro até o porto seguro da eternidade.

(Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal HojeDiario.com).