O Sol é também chamado de Astro-Rei, e faz todo o sentido para nós humanos, uma vez que sem ele não haveria vida no nosso planeta. Atualmente, não apenas a vida, mas também nos dá energia que tem alimentado muitas casas na falta da energia elétrica que vem da força das águas.
O Sol, com sua luz radiante e calor vital, tem sido venerado por civilizações ao longo da história, ocupando um lugar central em diversas mitologias antigas. Como fonte de vida e energia, o Sol era frequentemente associado a divindades poderosas e à manutenção da ordem cósmica.
Na antiga civilização egípcia, o Sol era personificado por várias divindades. Ra, o deus solar, era uma das figuras mais proeminentes. Considerado o criador do mundo, Ra navegava pelo céu durante o dia em sua barca solar, espalhando luz e calor, e enfrentava o submundo à noite para renascer ao amanhecer. Este ciclo diário simbolizava a luta eterna entre a ordem e o caos.
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Outro aspecto solar importante era relacionado a Horus, o deus do céu. Os egípcios acreditavam que seus olhos representavam o Sol e a Lua, com o Sol sendo o olho dominante. Cerimônias e templos, como o de Heliópolis, eram dedicados a essas divindades para garantir a continuidade da luz e das colheitas.
Na mitologia grega, o Sol era associado ao deus Hélio, que atravessava o céu em sua carruagem de fogo puxada por cavalos divinos. Hélio era o guardião da verdade e observador dos eventos terrestres.
Na tradição hindu, o Sol é reverenciado como Surya, uma das divindades mais antigas e significativas. Surya é descrito como viajando em uma carruagem dourada puxada por sete cavalos, representando os dias da semana e as cores do espectro solar. Ele é invocado em práticas espirituais, como o Surya Namaskar (saudação ao Sol), que reflete a conexão entre corpo, mente e energia solar. Ele é considerado o sustentador do dharma (ordem cósmica) e aquele que dissipa as trevas da ignorância.
Entre os povos nórdicos, o Sol era representado pela deusa Sól, que conduzia uma carruagem pelo céu, perseguida pelo lobo Sköll. Este mito refletia a luta constante entre luz e escuridão. Ele estava intimamente ligado aos ciclos sazonais e à sobrevivência das comunidades escandinavas, que dependiam da luz solar para agricultura e aquecimento nas longas noites de inverno.
Os incas, uma das civilizações mais avançadas da América do Sul, adoravam o Sol como o deus Inti, que era considerado o ancestral divino dos imperadores incas, que se viam como seus representantes na Terra. Festivais como o Inti Raymi, celebrado durante o solstício de inverno, eram dedicados ao Sol, garantindo colheitas abundantes e prosperidade. Os templos do Sol, como o Coricancha em Cusco, eram centros de veneração e alinhados astronomicamente para capturar os raios solares, demonstrando o profundo conhecimento dos incas sobre os movimentos celestes.
Na mitologia mesoamericana, como a dos astecas, o Sol era central para sua cosmologia. Os astecas acreditavam em ciclos solares e realizavam sacrifícios humanos para garantir que o Sol continuasse seu percurso no céu. Huitzilopochtli, o deus da guerra e do Sol, era especialmente venerado nesse contexto.
Na mitologia japonesa, o Sol é incorporado na deusa Amaterasu, uma das principais divindades do xintoísmo. Amaterasu é vista como a fonte de luz e calor, e seu mito, envolvendo sua reclusão em uma caverna e subsequente retorno, simboliza a renovação e a esperança.
O Sol tem sido um símbolo universal de poder, criação e renovação, mas também sabemos, que ao estudar seus mecanismos de emissão de energia, a poderosa energia atômica em seu interior, ele também inspirou um dos maiores perigos para a humanidade, que espero não tenham mais uso daqui para frente.